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STF
STF proíbe Moro de usar citações contra Sarney
Flávia Telles

Por quatro votos a um, a segunda turma do STF decidiu nesta terça, 21, que o Juiz do Paraná, Sérgio Moro, não poderá usar citações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que digam respeito à Sarney.

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O pedido para que as citações fossem levadas ao Paraná foi feito no ano passado pelo antigo relator, Teori Zavascki. Dos votos, o único contrário foi do atual relator da Lava-Jato, o ministro Luiz Eduardo Fachin, que aceitou no começo do mês um inquérito proposto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Renan, Jucá e Sarney por suspeita de tentarem impedir a Lava-Jato, levantando a hipótese de que poderia ser parte de uma ofensiva maior contra os grandes partidos do regime político, apontando para uma via de aprofundamento da operação Lava-Jato.

Na delação, Sérgio Machado confirmou a tentativa de impedimento da Lava-Jato e de pagamento de milhões em propina para o PMDB, Renan, Jucá e Sarney. Os ministros que votaram a favor disseram que as citações não poderiam ser analisadas por Moro porque elas também atingiam autoridades com foro privilegiado, e portanto deveriam permanecer no STF.

Em nota, Sarney considerou a decisão do STF uma grande vitória, já que isso garante que sua figura será mais preservada. É mais um capítulo da disputa pelos desdobramentos da lava-jato, se será uma operação “até o final”, atingindo partidos da ordem como PMDB e PSDB, e suas grandes figuras políticas, o que não parece o mais provável, ou se será um pacto para que Temer consiga fazer passar seus ataques.

De todo modo, para os trabalhadores e a juventude o cenário de ataques aos direitos está colocado, como já podemos ver com as reformas que atingem a educação, aposentadoria e direitos trabalhistas. E o Judiciário, Temer e os parlamentares disputam para ver quem conseguirá, pelos métodos mais baixos, ganhar mais poder e influência para que mesmo na crise os capitalistas continuem lucrando.

 
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