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TEATRO EM SP
Cia. Antropofágica reestreia "Desterrados - Ur Ex Des Machine" no carnaval

A Companhia Antropofágica preparou uma programação especial e reestreia um de seus maiores espetáculos dia 24 de fevereiro, no Centro Cultural São Paulo. "DESTERRADOS - UR EX DES MACHINE" além de potente e de grande beleza estética é uma obra que remete o público às inflexões críticas mais radicais do grupo. A entrada é gratuita e a montagem faz parte do projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA, que comemora os 15 anos do grupo e revisita todas as montagens da companhia até hoje.

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Foto: Clayton Lima

Uma das maiores companhias de teatro de São Paulo está comemorando quinze anos de vida com um imenso projeto que prevê mais de 140 dias de apresentações gratuitas e prepara uma programação especial para o Carnaval, reestreando um de seus maiores espetáculos: DESTERRADOS - UR EX DES MACHINE. A partir do dia 24 de fevereiro, a emblemática Companhia Antropofágica de Teatro dá início a uma fase muito especial do projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA (que revisita todas suas montagens realizadas desde o seu surgimento) e o palco desta importante temporada será a sala Jardel Filho, no Centro Cultural São Paulo. O público será convidado para uma experiência arrebatadora e pode participar desta programação alternativa durante os dias de folia.

Foto: Clayton Lima

Thiago Reis Vasconcellos, diretor da Antropofágica, fala um pouco sobre a importância desta montagem: “Desterrados – Ur Ex Des Machine é um dos trabalhos com uma curva de inflexões críticas mais radicais do grupo. Um trabalho de extrema liberdade artística, que afirma uma ligação muito forte com a Antropofagia, o teatro dialético e o teatro de Tadeusz Kantor. É um trabalho que tem uma importância de digestão, de elementos e matizes teatrais que estamos pesquisando há 15 anos. Claro que vinculado às respostas críticas que nosso tempo exige.”

Foto: Clayton Lima

Em ‘Desterrados’ a companhia deixa a palavra de lado e se dedica a experimentar a criação de imagens e movimentos para retratar os muitos DES (desterrados, desvalidos...) inseridos na sociedade. A peça é inspirada no teatro de Tadeusz Kantor, Adorno, Nona Sinfonia de Beethoven, Charles Darwin, Walter Benjamin, Duchamps, Artes Plásticas e foi apresentada em outubro e novembro de 2015, no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, como parte integrante da exposição “Máquina Tadeusz Kantor”, em comemoração ao 100 anos de nascimento do multiartista polonês.

“Esta é uma peça que pretende ser um jogo com a história da arte e a história da humanidade a partir de um recorte histórico que se inicia com a Revolução industrial e a Revolução Francesa. Os elementos de sociabilidade e as contradições se apresentam tanto na política, como na arte e assim são capazes de imputar importantes questionamentos. São estes questionamentos que utilizamos como material para a construção da peça, nos perguntando durante o processo: como um grupo de teatro pode responder a realidade de seu tempo utilizando uma dinâmica que leva em conta a história e seus desdobramentos na memória coletiva da Antropofágica? Em linhas gerais este é um dos principais disparadores da peça.” – complementa o Thiago.

Foto: Alan Siqueira

O projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA, contemplado na 28ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, iniciou em 2016 com uma temporada de muito sucesso de uma Trilogia sobre o Brasil, onde a Antropofágica apresentou três espetáculos diferentes por fim de semana, chegando a atingir a lotação máxima do Espaço Pyndorama. Logo após, o grupo apresentou o Programa I: Brazyleirinhas QI, com quatro peças de curta duração apresentadas a cada final de semana, todas de autoria exclusivamente brasileira. E encerrou o ano com apresentações do espetáculo “A Tragédia de João e Maria”, na sede da Companhia do Feijão. Já em 2017, abriu novamente as portas de sua sede, o Espaço Pyndorama, para apresentar Prometeu Estudo 1.1, terceira montagem da Antropofágica. Com enorme sucesso de público, a temporada teve quase todas suas sessões com lotação máxima do espaço.

Além das temporadas de espetáculos, o projeto vem promovendo os famosos Diálogos Antropofágicos, debates especiais com personalidades da cena artística abordando temas importantes do fazer teatral. Já estiveram presentes nomes como Marcelo Soler (Cia Teatro Documentário), Luciano Carvalho (Grupo Dolores Boca Aberta Mecatronica de Artes), Manoel Ochôa, o crítico teatral José Cetra, Ney Piacentini (Companhia do Latão), Chico de Assis, Maria Silvia Betti, Zernesto Pessoa (Companhia do Feijão), Rogério Guarapiran e a dramaturga Ana Souto.

Dona de um extenso processo de criação, estudo, experimentação e um significativo currículo com prêmios e indicações, a Companhia Antropofágica, criada em 2002, é hoje uma grande referência da cena teatral de São Paulo e convida o público para uma viagem no tempo e na história através do projeto TRAM(A)NTROPOFÁGICA, que como o próprio nome diz, propõe uma grande trama para formar uma rede unindo cada experimento realizado desde seu surgimento. O objetivo é levar ao público a história da Companhia que ao longo dos anos se esforça em responder artisticamente à trama complexa do tempo presente, investigando seus percalços políticos e travando um diálogo crítico permanente com o desenrolar histórico: a situação política da cidade, a relação fundamental entre o grupo e seu público e, num sentido amplo, as consequências históricas do próprio desenvolvimento humano.

Foto: Clayton Lima

TRAM(A)NTROPOFÁGICA é um marco para o grupo que apresenta desde espetáculos premiados até aquilo que acreditam que “não deu certo”, como forma de revisitar e investigar de fato, tudo o que foi construído com este trabalho que se destaca através de uma clara opção por pesquisar procedimentos, gêneros, autores e textos ligados ao seu ideal. Composta por mais de trinta integrantes, a Companhia Antropofágica propõe com este projeto, a realização de espetáculos, intervenções, oficinas e experimentos, atuando tanto em sua sede, quanto em outros espaços de São Paulo. Serão dezoito temporadas e mais dezenove atividades, realizadas de Setembro de 2016 a Agosto de 2017, culminando com a estreia de um novo espetáculo.

A temporada de Desterrados – Ur Ex Des Machine começa no dia 24 de fevereiro, na sala Jardel Filho, no Centro Cultural São Paulo. Ótima oportunidade de conhecer o repertório e a maneira Antropofágica de fazer teatro. Participe desta grande trama! Mais detalhes em: www.facebook.com/CiaAntropofagica ou www.antropofagica.com/

Foto: Clayton Lima

SINOPSE - DESTERRADOS - UR EX DES MACHINE

A peça parte de engrenagens kantorianas, molas propulsoras, de uma máquina inventiva que visa ocupar o espaço da realidade do palco. Desafiando a realidade cotidiana com os expedientes do sono, sonho e criatividade como forma de resistência à realidade degradada. Um jogo de espelhos e caleidoscópios que friccionam as noções convencionais de espaço e tempo. Emprestando de Adorno a noção ensaística de se entusiasmar com o que os outros já fizeram, o grupo se jogou em um ensaio genealógico sobre os mecanismos históricos que proporcionaram e proporcionam o aparecimento de desterrados, exilados, desvalidos e descontentes.

Gênero: Drama
Datas e Horários: 24, 25, 26/02 e 03, 04, 05, 10, 11 e 12/03 –sextas e sábados as 21h e domingos as 20h00
Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho - Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso – São Paulo – SP
Duração: 120 minutos
Ingressos: Gratuito
Capacidade: 321 lugares
Classificação Indicativa: 16 anos
Informações: [email protected] / 11 992690189 / 38710373

Contato Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – [email protected] – 99568-8773

 
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