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CRISE ESTADOS
Pimentel faz corte na educação em Minas Gerais e aulas começam com menos salas e mais precarização
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
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Após anúncio de corte de 1 bilhão de reais no orçamento do estado de Minas Gerais no ano de 2017, o governador petista disse em evento com prefeitos e deputados no Expominas, em Belo Horizonte, no dia 10 de janeiro, que Minas está funcionando e suas escolas também. Porém, esse funcionamento só acontece após cortes orçamentos que tem a educação como a área mais atingida e aprofunda a precarização nas escolas para professores e estudantes.

Do total de 1 bilhão do corte orçamentário para o ano de 2017 que foi anunciado na edição de 28 de janeiro do Diário Oficial do Executivo de Minas Gerais, 148 milhões foram cortados da educação; 91 milhões dos transportes; 108 milhões de órgãos ambientais; e 30 milhões da segurança pública.

Com a educação sendo a área mais afetada, os impactos já são visíveis antes mesmo do início das aulas. Além das tormentas nas designações, a redução de turmas pela Secretaria de Educação aprofundou a precarização das condições de estudo e de trabalho nas escolas.

Primeiro os trabalhadores da educação vivenciaram o fracasso do processo virtual de contratação a título precário e os trabalhadores dos serviços gerais das escolas foram contratados um dia antes do início das aulas dos estudantes. Assim, em muitas escolas foram organizados mutirões de professores e trabalhadores para que as aulas começassem ao menos com cadeiras e mesas nas salas de aula e uma mínima limpeza dos banheiros e corredores.

Mas o maior impacto nas escolas está sendo a redução de turmas devido aos padrões exigidos pelo Sistema Mineiro de Administração Escolar (SIMADE), sistema coordenado pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, que padronizou a abertura de turmas para o mínimo de 50 alunos por sala. Por isso muitas salas de aula foram fechadas, salas menores que não comportam essa enorme quantidade de alunos estão em grande parte inutilizadas. Estudantes também estão reclamando da troca forçada de turno em muitas escolas, com turmas que eram da manhã indo para o noturno, como já foi denunciado ao Esquerda Diário AQUI .

Com a redução de turmas e já sentindo os impactos da crise e dos atrasos sistemáticos de salário, os professores efetivos aumentaram sua jornada nas escolas com aumento de turmas. Dado o quadro da intensa precarização dos contratos de trabalho na educação mineira, em que 2/3 dos contratos na educação são precários (dados do SINDUTE), a consequência do fechamento de turmas atinge de maneira mais drástica os professores precários, que tiveram aulas reduzidas e assim reduzido também sua renda mensal.

De nada adianta dizer que os serviços à população seguem funcionando como quer dizer o governador Fernando Pimentel quando os trabalhadores e a juventude seguem sendo os mais atingidos com os cortes orçamentários e ter a prática parecida com a do governo golpista de Temer que mira a crise antes de mais nada na retirada de direitos da educação para manter os lucros dos grandes empresários.

 
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