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JOÃO DORIA
Conheça a trajetória empresarial de Doria e como os tucanos o ajudaram a enriquecer
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

João Doria tenta mostrar a imagem que seria "João trabalhador" e seus defensores nas redes sociais falam que quem o critica não entende que ele fez sua fortuna trabalhando. Uma breve pesquisa mostra outra trajetória. O tucanato ajudou muito o empresário amigo, agora prefeito.

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Com "QI" de berço, o prefeito de São Paulo João Doria é conhecido por ser multi-milionário. De acordo com a revista Exame, Dória aos 18 anos de idade assumiu uma cadeira na diretoria da TV Tupi. Depois seguiu carreira na Bandeirantes. Momento seguinte "João, herdeiro" se tornou diretor da agência de publicidade MGM na mesma época em que se graduava pela elitista FAAP. Longe do "empresário que construiu sua fortuna", já tinha extensa carreira garantida por contatos familiares e políticos nem tinha 25 anos de idade. Sua carreira deslanchou de verdade ao se ligar aos tucanos.

Em 1983, foi secretário de turismo de São Paulo e presidente da Paulistur durante o governo de Mario Covas.

Já em 1992, João Dória fundou o Grupo Dória, composto por seis empresas, entre elas o Lideres Empresariais do qual é presidente lincenciado. O Lide é um grupo que reúne mais de 1600 empresas, representando cerca de metade do PIB privado do país.

Fortuna construída com compadrio tucano

Conforme consta no UOL, no período de 2010 a 2016, os governos tucanos deram pelo menos 10,1 milhões para as empresas do prefeito da cidade de São Paulo.
O mesmo portal também afirma que o governador do Paraná, Beto Richa, também tucano, repassou através de estatais e do governo do Estado ao menos R$ 2,4 milhões às empresas do atual prefeito.

A Companhia Paranaense de Energia, fez dois pagamentos à Doria Marketing e Eventos, em 2013 e 2015, valor: 1,4 milhões de reais. Já a Companhia de Sanamento Básico do Paraná fez quatro repasses que somam 960 mil reais.

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, as empresas controladas pelo governo paulista entregaram a Dória, R$ 4,5 milhões entre os anos de 2010 e 2015. A agência de desenvolvimento do governo paulista, chamada Desenvolve SP, patrocinou eventos em valores que somam 2,7 milhões de reais. O governo de Alckmin também fez anúncios nas revistas da Editoria Dória que custaram 2,7 milhões.

Uma outra reportagem do UOL mostra que João Dória comprou uma empresa de "offshore" do escritório panamenho Mossack Fonseca. Incorporada no paraíso fiscal das Ilhas Britânicas, a offshore Pavilion Development Limited foi utilizada por Doria para adquirir um apartamento em Miami em 1998, por US$ 231 mil sem que o imóvel constasse em seu nome, evadindo impostos.

Conforme o trabalho feito pelo UOL, Jornal ’’O Estado de São Paulo’’ e a Rede TV, existem contratos, procurações e cópias de passaportes de Doria e sua mulher, junto a mensagens de e-mail referentes á compra da offshore, dentre os 11,5 milhões de documentos dos Panama Papers, divulgados pelo ICIJ.

Do enriquecimento com amigos tucanos ao desrespeito aos direitos trabalhistas

Além destes escândalos, de acordo com o próprio UOL , Dória também é alvo de ações trabalhistas movidas por seis seguranças que fizeram a sua escolta e de sua família entre os anos de 2012 e 2013. Os funcionários pedem para que a empresa Dória Associados, pague indenizações relativas a horas extras, salários, adicional noturno e verbas rescisórias que não foram pagas.

Os trabalhadores foram contratados por uma empresa terceirizada chamada Provise. Esta empresa faliu em 2013 e não pagou os funcionários. O segurança Clayton Dias afirmou para o Estadão "Entrei na Justiça contra ele e a Provise. Eu trabalhava mais do que 16 horas por dia quando a gente ia para Campos de Jordão onde Doria tem uma casa de campo. Durante o dia eu fazia segurança da família e à noite levava o filho mais velho para a balada. Saí com uma mão na frente e outra atrás".

Privatizar São Paulo: ajudando os amigos?

Esta pequena investigação sobre a ’’vida empresarial’’ de João Dória, mostra que o seu interesse é fazer com que o Estado se transforme num grande balcão de negócios para os grandes empresários e banqueiros. Para que isso aconteça, necessariamente terá que fazer os acordos espúrios que o setor privado faz com o público para que o seu interesse em enriquecer. Por isso quer privatizar tudo, do Ibirapuera aos hospitais. Ele como ninguém sabe como é possível se enriquecer com a ajuda de amigos políticos. Será ele mesmo ou serão amigos os beneficiários de sua política privatista?

 
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