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PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
O plano de Dória para entregar a educação municipal aos grandes empresários
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

As mudanças podem afetar uma rede que tem 547 unidades e 416 mil alunos no ensino fundamental, além das 284 mil crianças que estudam em creches.

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De acordo com a Folha de São Paulo, o prefeito de São Paulo, João Dória, lançou na sexta-feira o seu plano para o sistema de ensino municipal. Segundo o secretário da educação, Alexandre Schneider, o objetivo é colocar a cidade no topo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as capitais até 2019. As mudanças podem afetar uma rede que tem 547 unidades e 416 mil alunos no ensino fundamental, além das 284 mil crianças que estudam em creches.

Dória já afirmou que quer criar 66 mil vagas em creches em 2017 por meio de convênios. O prefeito tinha prometido criar 103 mil, mas não há ainda meta para os outros três anos de mandato. A Folha destaca que a criação de vagas é em locais onde a demanda é maior e as famílias são mais ’’vulneráveis’’.

O prefeito não prometeu a criação de novas creches, além das que já estão em andamento. A ampliação do número de vagas será por meio de convênios com empresas ou OSS, como já ocorre na cidade de São Paulo, ou seja privatização. Quanto mais crianças amontoadas, maior o faturamento. O resultado, lucrativo às empresas e de evidente descaso com os direitos e com a pedagogia.

Dória apenas anunciou que vai abrir mais vagas, mas disse que não vai construir creches e muito menos vai contratar funcionários para dar conta destas novas crianças que entrarão. Isso vai precarizar ainda mais o trabalho, afetando assim este direito.

Além disso, a prefeitura vai arrecadar via Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, R$ 400 milhões para a criação de vagas em creches através do modelo conveniado (privatizado). Empresas e pessoas que doarem dinheiro poderão ter abatimento no imposto de renda.

O prefeito quer que a cidade de São Paulo seja uma das primeiras a se adequar à Base Nacional Comum Curricular, que deve ser finalizada neste ano pelo Ministério de Educação. A prefeitura promete montar grupo de especialistas e grupos regionais para que montem o currículo da rede e elaborem materiais.

Os grupos de especialistas que vão montar o currículo da rede e elaborar materiais para as escolas certamente vão ser aqueles que defendem os interesses dos grandes empresários e banqueiros.

Em relação aos professores, João Dória prometeu dar dois reajustes salariais previstos em lei, porém não descarta o sistema de bonificação por resultados. O prefeito também quer expandir o ensino integral, com foco nos três primeiros anos do ensino fundamental.

Trata-se de um brutal ataque aos professores e à educação. Assim como acontece no Estado, o sistema de bonificação de resultado faz com que o professor tenha que alcançar resultados, mesmo que a escola esteja totalmente sucateada. No Estado, Alckmin utiliza este método pra dizer que a educação do Estado de São Paulo anda bem .

Mais do que nunca é preciso lutar contra o plano privatista de Dória e também em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

 
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