www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
O capitalismo mata: Sobre o casos de suícidio da empresa japonesa Dentsu
Diego Rosberg

Foi noticiado no Japão, um escândalo envolvendo a empresa Dentsu, que atua no ramo da publicidade sobre o tratamento altamente explorador com seus empregados que levou a morte três deles. A Matsuri Takashi, de 24 anos, que cometeu suicídio pulando da janela de seu apartamento, na noite de natal de 2015. Além deste caso, também teve do Ichiro Oshima que se suicidou em 1991. A justiça burguesa do Japão declarou que o mesmo tirou sua vida por motivos pessoais. O terceiro faleceu em 2013, também por exaustão no serviço.

Ver online

A moça trabalhava mais de 105 horas semanais, chegando em casa por volta das 5 da manha. Ichiro Oshima tinha apenas 1 dia de folga por sete meses e dormia duas horas por noite. Esses casos não são isolados, são uma verdadeira" epidemia", denominados de ’’haroshi’’, num português bem claro trata - se daqueles que morreram por exaustão de trabalho. O presidente da empresa declarou que ira pedir demissão por ter permitido que os funcionários trabalhem excessivamente.

Vale lembrar que o número contabilizados de pessoas que morreram por exaustão de trabalho só aumentará caso seja contabilizado os casos de óbito problemas de saúde.

O governo levou a publico muito tempo depois das mortes terem ocorrido, até porque não havia mais como esconder. Quase 23% das empresas analisadas pelo ministério do trabalho japonês, tem seus respectivos trabalhadores cumprindo mais de 80 horas extras por mês, contrariando a lei nipônica que permite trabalhar 70 horas semanais.

Após o escândalo, o governo comprometeu se a adotar medidas contra isso, aumentando a vigilância sobre as empresas, para que cumpram o regulamento de horas extras. Algumas delas são: inspeção de surpresa nas empresas, publicação do nome das empresas que tenham ocorrido esse tipo de morte e as que obriguem a fazer mais horas extras que o permitido.

A classe trabalhadora japonesa não pode confiar em um governo que abafou esses casos de suicídio, nem na justiça, pois é a mesma que criminosamente declarou que um funcionário se suicidou por problemas emocionais. É notável a aliança que políticos e mega empresários tem para favorecer o lucro dos últimos, afinal, como dizia Karl Marx, o Estado não passa de um balcão de negócios da burguesia. A avidez pela busca de lucro ilimitado da burguesia é capaz levar os trabalhadores ao suicídio e por isso o único freio é a luta organizada e coordenada da classe trabalhadora unida.

Esse tipo de caso ocorreu no Japão, mas pode muito bem acontecer no Brasil, ainda mais com a reforma trabalhista proposta por esse governo brasileiro golpista.

Sabemos que existe situações parecidas no Telemarketing, no trabalho terceirizado da limpeza e em muitos outros lugares do país onde que a super exploração reina.

Esta triste situação que destrói sonhos e potencialidades só vai se aprofundar com o desmonte da CLT pretendido por Temer, fazendo com que a realidade de exploração presente em muitos dos locais de trabalhos tende a se legitimar e aprofundar.

A saída será a auto organização dos trabalhadores por meio de um sindicato que promova a organização dos funcionários por meio da democracia de base, em outras palavras, que tenha suas decisões tomadas por assembleias, seus representantes sejam votados por local de trabalho com votos revogáveis. Só assim que os trabalhadores que se encontram nesta situação degradante, poderão ter direito a um futuro e aproveitar suas vidas dignamente.

A única maneira de combater a super exploração do trabalho é através dos trabalhadores organizados e coordenados e utilizando de todas as táticas possíveis para lutar contra as mortes em local de trabalho. É preciso por um fim a este estado de coisa, pois essa realidade mostra que se depender da ganância dos capitalistas, eles são capazes de fazer com que a situação dos trabalhadores fique bem parecida ao que era a situação da classe no começo da revolução industrial.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui