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ODEBRECHT
Qual a intenção de Chequer em controlar a emoção e a indignação perante as delações da Odebrecht?
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Depois do vazamento das delações da Odebrecht, Rogério Chequer, líder do movimento Vem Pra Rua que esteve na linha de frente nas manifestações pelo golpe institucional, declarou que é preciso ’’controlar a emoção e a indignação’’ com as informações de Cláudio Melo Filho, ex-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.

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Rogério Chequer, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, disse que as notícias sobre os políticos envolvidos são mais um ’’desenvolvimento não esperado’’, e que, conforme aparecem mais informações, o que é ’’rumor vai se confirmando’’. Porém Chequer, acredita que é preciso ’’controlar a emoção, controlar as reações e a indignação. De acordo com o líder do Movimento Vem Pra Rua é preciso ter lucidez para saber o que fazer daqui para frente “A gente tem que tomar cuidado para não acusar precocemente os nomes que aparecem na imprensa. Não podemos pegar todos os nomes e colocar nas mesmas listas. É preciso ter a lucidez para saber o que se fazer em cada caso”.

Na opinião de Rogério Chequer, a reação inicial da sociedade não é ter paciência diante de tais fatos, mas afirmou que está agindo. Em suas palavras “na contramão para forçar a reflexão que reações não são as mais prudentes para o futuro do País. Não dá para não se indignar, mas a reflexão é pegar essa energia e ver o que podemos fazer para melhorar da próxima vez”.

Chequer também disse que é preciso saber o conteúdo das acusações e selecionar o nível de gravidade do que aparece. Em suas palavras “Concentrar toda a estrutura, a forma problemática de fazer política no presidente Michel Temer, não apenas é realidade como não vai ajudar o País a sair da crise”.

O líder do movimento Vem Pra Rua saiu em defesa de Michel Temer e atribuiu a responsabilidade também ao Judiciário e Legislativo. “As pessoas, ao pensarem em pedir a renúncia de Temer, não pensam que grande parte das coisas que ocorrem não cabe apenas ao Governo Federal, mas a maioria dos deputados e senadores”
Existem várias razões para que Rogério Chequer queira controlar a indignação da ’’população’’ com o vazamento das delações premiadas do ex-presidente das Relações Institucionais da Odebrecht. O primeiro motivo é que o Movimento Vem Pra Rua e Rogerio Chequer tem relações com o PSDB, um dos partidos que tiveram figuras importantes como Geraldo Alckmin e José Serra citados pela delação de Melo. Portanto está mais do que visível a intenção de Chequer em querer blindar os tucanos perante o avanço da Lava Jato a outros partidos da ordem.

Lembrando sempre que a Lava Jato não representa uma saída independente dos trabalhadores para a crise política que o Brasil está vivendo. A operação comandada por Sergio Moro, é uma ferramenta de setores imperialistas e da ’’elite nacional’’ para pressionar os governos a aplicarem os ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. É um instrumento que é capaz de derrubar presidentes, deputados, senadores e ministros e visa substituir um esquema de corrupção, por outros.

Além disso, o líder do Movimento Vem Pra Rua quer controlar a indignação da população com o vazamento da delação do ex-presidente de relações institucionais da Odebrecht, porque iria criar um cenário de instabilidade política que certamente atrapalharia a aplicação dos ataques que estão em curso e o que pode vir. Um movimento que questione o envolvimento destes políticos em escândalos de corrupção, poderia ser um passo para um questionamento maior das medidas impopulares que estão em curso.

Na verdade, o que Rogério Chequer tem mais medo é que se tenha um movimento que leve a um questionamento deste regime podre que favorece Chequer e a outros grandes empresários e banqueiros. Um movimento distinto das manifestações coxinhas que ocorreram neste ano, dirigidas por Chequer do VPR e Kim Kataguari do Movimento Brasil Livre. Algo que questione a podridão os políticos da ordem, mas que combata a operação Lava Jato.

 
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