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OCUPAR AS RUAS CONTRA TEMER E PEZÃO
5 propostas para avançar na luta contra Temer e Pezão

Material do Esquerda Diário distribuído no ato do dia 11 no Rio de Janeiro

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1- Tomamos os prédios de ensino; agora vamos às ruas!

As ocupações estudantis se alastraram como um rastilho de pólvora pelo país inteiro. No Rio de Janeiro temos diversos setores na linha de frente das ocupações: os secundaristas do Colégio Pedro II que ocupam 14 campi e uma greve dos professores e servidores; os Institutos Federais, como de Realengo, Nilópolis e Caxias; as universidades, como a UFRJ e a UFRRJ. Contudo, não podemos nos restringir a manter os prédios ocupados: é preciso levar esse movimento para as ruas, convocando manifestações unificadas que reúnam milhares para mostrar nossa força e colocar na parede os governos de Pezão e Temer. O ato do dia 11/11 deve ser somente um primeiro passo nesse sentido.

Carolina Cacau, ex-candidata a vereadora do MRT pelo PSOL e colunista do Esquerda Diário

2- Fortalecer internamente e regionalmente as ocupações

A direita está na ofensiva contra nosso movimento, não apenas juridicamente, com a polícia e a imprensa, mas também com seus pequenos capangas, como o Movimento Desocupa ou o MBL. Manter as ocupações guarnecidas contra esses setores é fundamental, mas a forma mais eficaz para garantir as ocupações contra ataques da direita é que elas sejam respaldadas e legitimadas pela população. Por isso, precisamos procurar os pais, professores, fazer passagens nas casas, reuniões, panfletagens, ganhar o apoio popular mostrando que as ocupações estão em defesa da educação. É isso que em mais de um momento pôde, por exemplo em Curitiba, rechaçar tentativas do MBL de desocupar à força. Por outro lado, esse apoio é fundamental para garantir doações de mantimentos necessários para o movimento. Essa é nossa principal arma. Isso não deve estar em contraposição aos atos de rua, que são também uma forma de ganhar apoio e dialogar com a comunidade. Ficar somente dentro das ocupações apenas pode levar ao desgaste e isolamento.

Professores e estudantes em luta do Colégio Pedro II

3-Freixo, seus eleitores e a bancada do PSOL podem ter um peso decisivo na luta

Mais de um milhão votaram em Freixo no segundo turno, procurando uma saída à esquerda do PT e contra o avanço da direita. Por isso, é fundamental ativar as redes criadas durante o período eleitoral para que esse setor se coloque ativamente em defesa das ocupações, greves e manifestações. Por outro lado, a própria ação de Freixo e da bancada do PSOL (a segunda maior da Câmara, com seis vereadores) é também de imensa importância. Eles têm grande legitimidade e confiança, e é necessário que nesse momento coloquem seu peso para fortalecer as lutas, convocando atos como o do dia 11 e chamando novas mobilizações de massa, utilizando seu espaço na mídia e no parlamento, os recursos de seus mandatos para fortalecer a luta.

4- Coordenar as lutas local, estadual e nacionalmente para fortalecer

A Juventude Anticapitalista e Revolucionária Faísca, que atua em diferentes estados, como RS, MG, RJ e SP, tem colocado seus esforços para propor medidas de articulação das ocupações e lutas em curso.

Faísca no ato do dia 11

Consideramos que a criação de comandos das ocupações e greves, com discussões feitas na base de cada local de estudo e a eleição de delegados para compor esses organismos, é um passo decisivo para aumentar nossa articulação e capacidade de intervenção. No Rio, unificar os setores em luta contra Pezão é fundamental para derrotar seus ataques. E, nacionalmente, para combater os ataques de Temer. Não é possível contar com entidades burocráticas e conciliadoras como UNE e CUT para fazer essa articulação, ainda que tenhamos que exigir que coloquem seus esforços para a luta. É preciso articular desde a base de cada categoria, cada ocupação.

Bloco da Faísca, do MRT e do Esquerda Diário no dia 11

5- Unificar as categorias do funcionalismo, a juventude e os trabalhadores de empresas privadas

Não podemos manter nossa luta separada por categorias ou demandas específicas, pois nossos inimigos nos dividem justamente para dominar melhor, enquanto as burocracias estudantis da UNE e UBES, e as sindicais da CUT e CTB, compactuam com essa divisão para manter seu controle. Não podemos, também, deixar a luta contra os ataques de Pezão nas mãos de setores reacionários, como as polícias, que, ao lutarem por seus interesses corporativos estão lutando contra a população: melhores condições de trabalho para a polícia significam, concretamente, mais repressão e mais assassinatos da juventude negra. É um absurdo o que exigem de que somente as forças policiais sejam excluídas dos ataques do Pezão. Nossos companheiros são os trabalhadores e estudantes que lutam em defesa dos nossos direitos e dos serviços públicos. A luta contra os ajustes de Pezão é a mesma luta que contra a PEC 241/55. A luta contra a destruição dos serviços públicos é a mesma que quer impedir a lei da mordaça ou a reforma do Ensino Médio para precarizar as escolas. Precisamos unir as categorias em luta, buscar apoio nos trabalhadores das empresas privadas que também serão atingidos com os ataques aos serviços públicos.

Convidamos todos os companheiros que estão nessa luta a tomar o Esquerda Diário como uma ferramenta para a divulgação e articulação, sendo um correspondente e mandando seus textos. É fundamental que os protagonistas dessas lutas se expressem com sua própria voz contra a mídia dos patrões que apoia os ataques de Temer e Pezão.

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