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OCUPAÇÕES
Nas escolas ocupadas, ENEM deve ser reaplicado no dia 6 e 7 de dezembro
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Cerca de 95 mil alunos que iriam prestar o ENEM no próximo fim de semana devem esperar mais um mês para realizar a prova . O MEC estuda aplicar o exame em 6 e 7 de dezembro para os candidatos cujos locais de prova são escola atualmente ocupadas pelo movimento secundarista.

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A data já havia sido definida para jovens que estão preso. Eles fazem uma prova diferente dos demais estudantes. Neste ano, esta prova também deverá ser aplicada aos alunos que prestariam o ENEM em escolas ocupadas.

Mendonça Filho, ’’recomendou’’ que os estudantes recuassem voluntariamente das ocupações até segunda - feira, 31, apelando para o ’’bom senso’’. Mas, de acordo com o levantamento mais recebente da União Brasileira dos Estudantes Secundarista, divulgado na noite de sexta, aponta que 1.197 instituições de ensino seguiam ocupadas em 19 Estados e no Distrito Federal. Os estudantes protestam contra a medida provisória que determinou a reforma do ensino médio, contra a PEC do Teto que congela as despesas do governo, incluindo a área de educação, por até 20 anos e também contra o projeto Escola Sem Partido, que tramita no Congresso Nacional.

O Ministério da Educação informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só vai se manifestar oficialmente sobre o tema nesta terça - feira,1, uma vez que o prazo está em curso, mas que ’’acompanha o caso com muita responsabilidade’’.

Na semana passada, a pasta já havia informado que a aplicação do ENEM em uma nova data acrescentaria R$ 8,5 milhões ao custo total do Enem, que em 2016 ficou em 788 milhões. O Ministério da Educação alega que trocar os locais de prova foi descartada, por motivos de ’’logística e segurança’’. A AGU afirmou que poderá cobrar judicialmente dos responsáveis o valor gasto por cada nova prova aplicada (R$ 90) e que ’’irá trabalhar para identificá -los’’, sem informar como.

De um lado, o movimento de ocupações deu uma demonstração importante de força ao conseguir colocar em cheque a prova do Exame Nacional do Ensino Médio em muita das escolas. Do outro, o governo golpista tenta contra atacar os estudantes secundaristas jogando os participantes da prova do Enem contra as ocupações. Além disso, o ministério da educação tenta vencer esta luta contra as ocupações, tanto assustar os secundaristas com ameaças financeira.

Mesmo com a criminalização reacionária do movimento de secundarista encabeçado pelo governo de Michel Temer, junto com o Movimento Brasil Livre e outros grupos de direita, os estudantes mais uma vez mostra sua força e qual é o caminho para enfrentar a crise econômica capitalista. Este medo que a direita está expressando por conta das ocupações, só mostra que os secundaristas podem estar na linha de frente para colocar em pé uma força política que se enfrente contra a direita, mas que seja independente do PT.

É um absurdo que o governo de Temer não tenha nenhuma vontade de fazer com que as provas do ENEM sejam realizadas em outros lugares, afim de que todo mundo faça a prova no mesmo dia. Mais absurdo ainda é a multa dos estudantes podem receber caso não desocupem para que a prova seja realizada no local. Além de criminalizar as ocupações, o governo brinca com o destino de milhares de pessoas que vão fazer o ENEM este ano.

Mais do que nunca é preciso que a ampla solidariedade com as ocupações de escolas e dos institutos federais. Se os estudantes conseguem vencer Temer, assim como conseguiram vencer Geraldo Alckmin no ano passado, abre uma correlação muito favorável para que novas lutas aconteçam com as medidas impopulares de Michel Temer.

 
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