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GOVERNO TEMER
Delação premiada da Odebrecht promete aumentar as crises no governo Temer
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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A possibilidade do governo de Michel Temer ser fortemente atingido com a delação premiada da empreiteira Odebrecht passou a ser discutida entre lideranças de partidos como o PSDB e o PT. Esta informação é de Mônica Bergamo, publicada pela Folha de São Paulo nesta quarta, 26 de outubro.

Frente a esta possibilidade, alternativas a Temer estariam sendo estudados e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados. Entre eles está o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardos e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.

Nelson Jobim, que foi ministro do governo Fernando Henrique, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. Porém ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato. Porém em 2017, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.

As dúvidas em relação a capacidade do governo Temer em se manter teriam surgido depois de informações de que a delação da empreiteira pode atingir os três principais auxilares do presidente: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Viera Lima, da Secretária de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parceiras de Investimento. Temer foi citado pala lista da Odebrecht. A delação premiada, que deve ter mais de uma centena de parlamentares citados, pode incluir também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, segundo pessoas próximas ás negociações da empresa com o Ministério Público Federal.

Lava Jato dá sinal de alerta para Michel Temer

Conforme já havíamos discutido em textos anteriores, o governo de Michel Temer pode ser fortemente atingido e mesmo derrubado pelas a Mãos da Lava Jato caso não consiga implementar as medidas impopulares que o imperialismo está desejando. Também discutíamos que Temer tinha pedido um prazo para os grandes empresários e banqueiros para votar medidas como a Reforma da Previdência e Trabalhista, assim como a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio.

Esta possibilidade feita pelos os principais partidos da ordem, mostra que a Lava Jato pode ter dado um ultimato a Michel Temer. Caso Temer não cumpra o prazo que ele estipulou para implementar o que ele tinha prometido, a Lava Jato pode avançar contra o seu governo. Os ministros que podem ser citado pela a lista da empreiteira, são os mesmos que estão na linha de frente encabeçando os ataques contra os trabalhadores e os demais setores populares da sociedade. Se estes ministros caem, Temer ficará muito fragilizado para implementar as medidas que ele prometeu.

Com estas análises dos principais partidos da ordem, fica claro que a Lava Jato pode dar mais uma saída anti-democrática para a crise política que existe no país. Ao mesmo tempo em que poderia colocar o governo Temer em risco, cogitam fazer eleições indiretas para colocar no lugar de Temer, ninguém menos do que Fernando Henrique Cardoso. A Lava Jato não quer combater a corrupção no Brasil, mas sim aprofundar o neoliberalismo no país.

 
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