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LAVA JATO
Possível delação premiada de Cunha envolveria políticos e igrejas
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Não é somente os políticos que temem os efeitos de uma eventual delação de Eduardo Cunha. De acordo com os advogados criminalistas que acompanham a Lava Jato, existe uma intensa movimentação de igrejas evangélicas e empresas que se relacionaram com o ex-deputado nos últimos anos em busca de informações sobre as chances de ele fechar um acordo coma força tarefa. Algumas dessas empresas chegaram, inclusive, a cogitar uma ação preventiva de contar como acionaram Cunha para cuidar de seus interesses.

Eduardo Cunha contratou um escritório de advocacia especializado em delações premiadas. Esta ação foi interpretada por investigadores da Operação Lava Jato como um recado ao partido. Depois de ser preso, o ex-presidente da Câmara incluiu em sua equipe de defensores o advogado Marlus Arns, que já negociou a colaboração de executivos da construtora Camargo Corrêa.

A possibilidade de um acordo de Cunha com a força - tarefa da Lava Jato, conforme já afirmamos aqui assombra o Planalto e membros do PMDB. O ex-parlamentar atuava nos bastidores com uma espécie de tesoureiro informal do partido. Os parlamentares dizem acreditar que o avanço das investigações sobre a família de Cunha poderia acelerar uma eventual negociação de delação premiada do peemedebista. A mulher, Claúdia Cruz, e sua filha Danielle são alvos da Lava Jato.

Conforme escrevemos neste site, uma possível delação premiada de Eduardo Cunha pode ser mais um exemplo da podridão deste regime corrupto, que faz com que 99,9% dos políticos da ordem estejam envolvidos em negociatas espúrias com grandes empresários e outros políticos. Além disto, mostra que mesmo que a constituição de 1988 coloque que o Estado tem que ser laico, as grandes igrejas fazem suas negociatas com os políticos da ordem para manter os seus privilégios.

A grande expressão da influência das igrejas nos assuntos da política é a existência da bancada evangélica. Esta bancada que vem se posicionando como paladinos no combate a corrupção, também fazem parte deste regime podre.

Uma possível delação premiada de Eduardo, pode fragilizar o atual governo de Michel Temer. E aumentar esta instabilidade política no regime, e o medo dos políticos e empresários é que ela prejudique a implementação das medidas impopulares que Temer vem encabeçando.

Frente a este jogo palaciano, os trabalhadores precisam dar uma saída independente para atual crise política e econômica que o país está passando e esta resposta só vai se dar através de sua luta independente em conjunto com os demais setores populares da sociedade. A CUT e a CTB ao invés de organizarem na base os trabalhadores, colaboram com o atual regime sufocando a possibilidade de existir qualquer luta contra Temer e os ataques.

 
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