DEBATE: A esquerda e Bernie Sanders

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Ativistas e intelectuais debatem se a esquerda norte-americana deve apoiar a campanha presidencial de Bernie Sanders

O editor do Left, Voice Juan Cruz Ferre, foi convidado a participar de um debate sobre qual deve ser a posição da esquerda americana frente à campanha presidencial de Bernie Sanders.

Essa entrevista foi originalmente publicada no State of Nature, blog editado por Cihan Aksan e Jon Bailes, como parte da série “One Question”.

 

Deve à esquerda americana se unificar atrás de Bernie Sanders?

Respostas dê: Doug Henwood; Judith Butler; Charlie Post; Bil Fletcher Jr; Zillah Einsentein; Erie Mann; Lester Spence; Marina Sitrin; Eric Blanc; Juan Cruz Ferre; Eljeer Hawkins: John Bachtell; Rand Wilson and Peter Olney.

 

Juan Cruz Ferre

Editor do La Esquierda Diario e da revista Left Voice, atualmente cursando PhD em Sociologia na Universidade da cidade de Nova York.

A campanha de Bernie Sanders é bastante progressista: ele apresenta vários fatores sobre o atraso da classe trabalhadora. A extraordinária popularidade da sua campanha nos mostra a existência de uma geração socialista nos Estados Unidos e, em geral, um movimento massivo de pessoas que não aceitam um “não” como resposta, pessoas que reivindicam assistência médica universal, faculdade gratuita e medidas decisivas (drásticas?) para evitar os desastres climáticos e ambientais. Além disso, mostra que o rótulo de “socialista” não é mais um fator de risco à sociedade, não importa o quanto Trump e os republicanos querem usá-lo como dissuasivo.

Entretanto, acredito que socialistas (revolucionários? ou esquerda) não devem se apoiar na campanha de Sanders. Nós precisamos concordar que o seu programa não é socialista, e sim um conjunto de reformas para o sistema capitalista. A campanha do Sanders tem potencial para conscientizar e politizar milhares de pessoas e transfere objetivamente o debate para a esquerda, mas também vincula uma nova geração de declarados socialistas à máquina do partido democrata. Isso não é um pequeno detalhe. Legitima não só um partido que é inteiramente dominado pelo capital, mas todo o sistema eleitoral. Em um momento em que o partido democrata se encontra em uma das suas mais profundas crises, a esquerda socialista não está em melhor posição para oferecer uma alternativa às centenas de milhares que estão procurando por alternativas.

Organizações como o DSA (Democratic Socialists of America) estão debatendo como tornar a campanha de Bernie para 2020 uma prioridade nacional, o que significa canalizar o máximo de recursos possíveis para conduzir as pessoas a votarem no Sanders, incluindo o registro de dezenas de milhares de pessoas no partido democrata para votar nas primárias, ao fazer isso, a DSA enviará a mensagem de que o veículo para alcançar nossos objetivos é, de fato, o Partido Democrata.

A política externa de Bernie Sanders é, ainda, um choro longínquo daquilo que a esquerda socialista deveria esperar. O anti-imperialismo não é uma nota de rodapé, e deve estar à frente de qualquer programa socialista nos EUA. A posição de Sanders em relação à ocupação israelense da Palestina é problemática, e seus recentes comentários sobre a ajuda humanitária à Venezuela alimentam o plano imperialista de Trump de intervir no país por meio de seu fantoche Juan Guaidó.

A linha de fundo do meu argumento é de que as grandes personalidades não são o verdadeiro motor da história; a luta de classes o é. E a única força que pode trazer o socialismo é a dos trabalhadores organizados em uma única classe.

Nós estamos presenciando um despertar das massas trabalhadoras através das greves de professores em todo o país, até mesmo conversas sobre greves gerais contra o fechamento de Trump, a revogação de proibições sem greve em certos estados. Nós iremos ver mais da atuação da classe trabalhadora no decorrer dos próximos anos, e isso dá aos socialistas uma brecha para se engajar, organizar e radicalizar os sindicatos e construir uma rede de revolucionários com base na classe trabalhadora.

Eleições podem politizar os trabalhadores que estão lutando, mas se o propósito é reconstruir o partido democrata, nós voltamos para a estaca zero. Há uma razão pela qual todos os socialistas comprometidos, de Marx a Kautsky, da Rosa Luxemburgo ao Eugene Debs, insistirem na independência política da classe trabalhadora. A corrida de candidatos socialistas independentes, mesmo que menos espetacular do que a campanha presidencial de Bernie, irá percorrer um caminho mais longo, para criar um espaço para a esquerda reivindicar para si uma identidade distinta em um cenário político em rápida mudança.

Doug Henwood

Jornalista econômico, editor colaborador do The Nation, já escreveu para a Harper’s, Bookforum, The Baffler, The Socialist Register e Jacobin. Hewood apresenta o programa de rádio semanal Behind the News.

Livros publicados:  Wall Street (Verso, 1997), After the New Economy (The New Press, 2003) e My Turn: Hillary Clinton Targets the Presidency (Seven Stories, 2015). Atualmente, está trabalhando em um estudo sobre a podridão da classe dominante norte-americana.

 

Podemos reconhecer os feitos de Bernie Sanders, em vez de criticá-lo?

Compreendo completamente a necessidade de colocarmos toda a nossa esperança na jogada política de Bernie. Com a sua campanha de 2016, ele quase que sozinho introduziu um programa seriamente social-democrata no discurso político americano, até fez com que a palavra “socialismo” se tornasse bem vista pelos americanos, uma grande façanha em meio à política reacionária estadunidense. Ele inspirou milhares, sobretudo, jovens, a entrarem para política e fez com que os membros dos social-democratas, anteriormente esquecidos, voltassem a ser lembrados como parte da história. Ele forçou os democratas tradicionais a admitir o quanto estão comprometidos com a agenda corporativa.

Sem a sua candidatura, Alexandria Ocasio-Cortez – que foi em grande parte responsável por fazer com que as pessoas falassem sobre o Green New Deal e sobre o aumento de 70% dos impostos da noite para o dia – não estaria no congresso, nem seus colegas Omar e Rashida Tlaib. Muitas caras novas não estariam nos Parlamentos ou nos congressos nacionais. Graças a todas essas campanhas, há uma infraestrutura séria de campanha da esquerda operando nos EUA – não apenas em torno das eleições, mas em torno de uma variedade de problemas, de moradia a salários e à brutalidade policial. Para alguém que amadureceu na política como eu, quando uma reunião da esquerda consistia em sete esquisitões em um espaço em ruínas, a transformação parece de outro mundo.

Então, eu compreendo completamente o empate de tentar fazer isso de novo. Uma segunda campanha de Sanders poderia levar ainda mais pessoas à política de esquerda, aprofundar a infraestrutura, organizar a esquerda para o futuro e oferecer ricas oportunidades para a educação política. Tudo isso é verdade, e pode acontecer, mas ainda me preocupa.

Me preocupa por várias razões, há uma compulsão repetitiva sobre isso – a campanha do Bernie funcionou muito bem da primeira vez, por que não funcionaria? Desta vez ele não está saindo do nada, surpreendendo um estabelecimento despreparado. Ele está concorrendo contra um pequeno exército de outros candidatos, não apenas com um símbolo perfeito de um status quo desacreditado. Se por acaso ele vencesse, enfrentaria um congresso hostil, e uma elite dominante, que o frustraria a cada passo. Pode ser melhor construir a força a partir de baixo, nas câmaras municipais e legislaturas estaduais, e talvez, em até mesmo um ou dois governos, antes de escalar a cúpula. Parece que as pessoas estão olhando para Sanders como uma criatura mágica, quase como se fosse um salvador.

 

O que não podemos fazer, é dizer para alguém não ter esperanças em Sanders, mas sim para manter os pés no chão.

Judith Butler

Filósofa, Professora de Literatura e Retórica na Universidade da Califórnia, Co-dirigente o Consórcio Internacional de Programas da Teoria Crítica. É autora de vários livros, incluindo  Precarious Life (Verso, 2006), Frames of War (Verso, 2009), and Notes Toward a Performative Theory of Assembly (Harvard, 2015).

Eu estou bem certa de que essa é a pergunta errada, se a América está procurando por alguém que possa definir e moldar sua política, então já está perdida antes de começar. Acredito que o importante é comprometer-se com uma plataforma política que se contraponha de maneira eficaz à desigualdade social e política radical, ao racismo estrutural, à violência e à discriminação de gênero e sexualidade e promova o seguro nacional à saúde, educação acessível e moradia. Isso promoveria também o fim do domínio dos EUA na política externa.

Uma vez que, exista essa plataforma, que se aproxima dos democratas socialistas da América, mas se recusa a relegar o racismo e a política de gênero e sexual a uma posição secundária, talvez possamos então nos dar o trabalho de ouvir o que esses candidatos dizem. Mas ninguém tem essa chave, a plataforma pode criar o consenso entre os movimentos de esquerda, obrigar os futuros candidatos a tomarem medidas mais radicais e decisões mais progressistas. Então talvez agora, onde vivemos a normalização de regimes autoritários, seja mais importante do que nunca não fetichizar e idealizar a personalidade de candidatos.

 

Charlie Post

Socialista e ativista na Universidade de Nova York. Autor de The American Road to Capitalism (Haymarket 2012) e de outros numerosos artigos sobre trabalho, política e movimentos sociais nos EUA.

Sim e Não.

A esquerda estadunidense, deveria se unificar através do potencial radical da campanha de Sanders. Bernie está defendendo políticas que irão beneficiar todos os trabalhadores e minorias oprimidas como negros, mulheres e LGBTQ. Sua proposta de concessão ao neoliberalismo o distingue de todos os outros candidatos, democratas ou republicanos. Sobretudo, Bernie Sanders deu um nome ao descontentamento popular anteriormente incipiente com os quarenta anos de austeridade, guerra, racismo, sexismo, e homofobia – Socialismo.

Sua campanha ajudou a relegitimar o Socialismo nos EUA e (junto com a eleição de Donald Trump) construiu o maior movimento socialista organizado nos Estados Unidos desde a década de 40.

Contudo, a esquerda não deve apoiar Sanders como candidato à presidência do Partido Democrata. Os democratas tem sido o cemitério de todos os movimentos radicais sociais desde o movimento industrial das décadas de 1930 e 1940, até a luta pela liberdade dos negros, movimento de mulheres e os movimentos anti-guerra das décadas de 1960 e 1970. Atualmente, o partido está ainda mais sobre o controle dos capitalistas, que dirigem o partido através do financiamento miríade de comitês de campanha dos democratas. Eles farão de tudo para anular o desafio de Sanders.

Ao mesmo tempo, muitos democratas pró-corporativos, como Kamala Harris, Elizabeth Warren e Corey Booker, estão adaptando retoricamente elementos do programa de Sanders – Em particular, assistência médica paga por um único contribuinte e gratuidade da faculdade. Seu apoio demagógico a esses programas dificulta que Sanders seja a voz clara da política pró-classe trabalhadora em 2020. Finalmente, as pressões para tirar Trump do poder colocarão uma grande pressão sobre os apoiadores de Sanders para apoiarem o que já aconteceu – Neo Liberais e Democratas nomear em 2020.

Em poucas palavras, o potencial radical da campanha de Sanders será dissipado enquanto permanecer preso no Partido Democrata. Tanto os que acreditam na campanha de Sanders, promoverão um um realinhamento dos democratas para a esquerda, quanto os que acreditam que isso preparará o caminho para uma divisão com os democratas e o surgimento de um partido independente ficarão desapontados – E provavelmente serão puxados para o Partido Democrata e sua e sua trajetória na direita.

Apenas uma campanha verdadeiramente independente de Sanders pode realizar seu potencial radical e continuar a construir uma esquerda Socialista nos Estados Unidos.   

 

Bil Fletcher, Jr

Ex-Presidente do Fórum da TransÁfrica. Publicou recentemente o romance de mistério The Man Who Fell From the Sky (Hardball, 2018).

Eu não irei começar com essa questão, irei propor uma diferente. A esquerda estadunidense precisa de uma estratégia eleitoral? Eu diria que sim, e que nessa altura do campeonato, nos falta uma.

Grande parte da esquerda estadunidense vê a política eleitoral como análoga a um termômetro, que nos fornece a “temperatura” das massas e uma oportunidade para discutir política. Embora tudo isso seja importante, falta o ponto mais amplo: a esquerda norte americana precisa estar engajada em uma luta pelo poder político, tanto no contexto chamado capitalismo democrático quanto no esforço de estabelecer as bases para a transformação do socialismo.

O desafio durante a época das eleições presidenciais é que muitas forças progressistas vêm a política apenas através das lentes das campanhas presidenciais, ignorando regularmente outros processos eleitorais. Deste modo, acredito que a pergunta que precisa ser feita é: como a campanha de Bernie Sanders se encaixa em uma estratégia eleitoral de esquerda?

Fornecerei algumas recomendações:

  1. Bernie Sanders, neste momento é o mais progressista e com mais popularidade entre os candidatos à presidência. Embora existam outros candidatos com pontos fortes importantes, Sanders se destaca em termos da essência de seu programa em geral.
  2. Sanders está correto, no contexto das primárias democratas. Correr como independente o tornaria irrelevante. No entanto, dentro do Partido Democrata ele conseguirá captar a massa necessária para provocar não apenas uma mudança dentro do próprio partido, mas também atingir uma mudança ampla no cenário político em geral.
  3. A plataforma de Sanders precisa ser expandida e adotada por candidatos de outros processos de eleição popular. No entanto, as áreas mais significativas onde deve ser expandido são em torno de raça e gênero. Em 2016, Sanders priorizou exclusiva e estritamente em questões econômicas e não demonstrou as interconexões necessárias entre raça, classe, gênero e capitalismo. Como socialista, ele deve expandir sua estrutura por razões ideológicas e morais. Como candidato político, ele precisa estabelecer essa posição se quiser ganhar um bloco majoritário.
  4. A esquerda precisa desenvolver estratégias de Estado a Estado, é preciso ir além do intuito de promover a campanha de Sanders. É necessário observar o desenvolvimento de outros candidatos que tenham potencial para oferecer um desafio à esquerda em toda a arena eleitoral.

 

Zillah Eisentein

Professora de Política em Ithaca, Universidade de Nova York. É autora dos livros:  The Audacity of Races and Genders: A Personal and Global Story of the Obama Campaign (Zed Books/Palgrave, 2009); Sexual Decoys: Gender, Race and War in Imperial Democracy (Zed Books/Palgrave, 2007); e Hatreds: Racialized and Sexualized Conflicts in The 21st Century (Routledge, 1996). O site dela: zillaheisenstein.wordpress.com.

Ainda é cedo para dizer quem vou apoiar em 2020. Espero que haja um diálogo sólido nos próximos meses. Espero que o diálogo eleitoral, especialmente entre as mulheres, leve os candidatos à sua posição mais radical e inclusiva.

De qualquer forma, gostaria de pontuar algumas questões. Quem é à esquerda norte-americana? Como isso se conecta a questão de Bernie?

Me considero parte de uma crescente esquerda antirracista e feminista nos Estados Unidos. Ele reconhece o capitalismo racista-misógino como o problema estrutural a ser desmantelado. Como tal, o capitalismo não é um sistema estrutural autônomo.

Então, minha preferência é que Bernie se afaste e use sua influência para apoiar a candidata mais progressista que surgir. Ele poderia ajudar a inflamar este processo. Quero deixar bem claro, eu fiz campanha e votei no Sanders na primária democrata de 2016 contra Hilary Clinton. Logo em seguida, votei na Hillary em rechaço a Trump, porque o contexto sempre importa. E na minha opinião, o contexto mudou novamente para Bernie.

Eu sei que muitos pensam que o critério chave para qualquer candidato viável em 2020 são sua elegibilidade, mas é preciso ter cuidado em relação a isto.

Certifique-se de que você não está obcecado com os votos de homens brancos, especialmente aquele de direita e moderados. Em vez disso, mobilize todos os demais com um programa de justiça econômica, ambiental, racial e de gênero. É preciso seguir a liderança dos professores em greve e dos trabalhadores do ramo alimentício, e com a Sara Nelson presidente da CWA (Associação de Comissários de Bordo).

Eu irei me mobilizar pela candidata mulher que prometer lutar por: Green New Deal; saúde para todos; escolas e creches para todos; o fim da fiança em dinheiro; US $ 15 de salário mínimo; Palestina livre.

O reacionarismo de Trump não só trouxe uma nova visão progressista a esquerda norte americana como também abriu o caminho para um novo radicalismo eleitoral, expondo a interdependência da misoginia e da supremacia branca com a ganância do capital. O medo e a raiva criaram novas condições para que os eleitores possam através das urnas dar uma resposta à altura de combater Trump. É preciso confiar nesses novos eleitores que se importam, há mais deles do que pessoas brancas de direita. Lembrem-se que Obama venceu por tocar a juventude (que acabou se virando contra ele).

A esquerda feminista antirracista está prosperando e se mobilizando junto com outras coalizões radicais. Por isso, sou a favor de Bernie ajudar a radicalizar as eleições de 2020, ajudando, como ele fez quando ofereceu apoio a Ilhan Omar durante sua recente controvérsia sobre suas críticas a Israel. Deixe-o usar sua posição para eletrificar a candidatura de uma mulher –Talvez pressionado por Stacey Abrams como vice-presidente, mas desta vez, não é a hora dele ser o candidato e sim usar sua influência para ajudar uma candidata que nos ofereça um programa radicalmente antirracista e feminista.

 

Eric Mann

Veterano do Congresso de Igualdade Racial do Projeto da União Comunitária de Newark; Membro das agrupações: Estudantes de uma Sociedade Democrática, Movimento dos Novos Veículos dos Trabalhadores da Indústria Automobilística e da Liga da Luta Revolucionária. 

Enxergo os Estados Unidos como ele é: racista e imperialista. Um país construído sobre um Estado genocida de colonos brancos. Não dou legitimidade e moral a nenhum candidato que não oponha veementemente às ações imperialistas do nosso governo. A afirmação de Sanders, “Temos que olhar para os candidatos, não pela cor da sua pele, não pela sua orientação sexual, gênero ou idade” É um ataque a todas as mulheres e candidatos democratas negros e reflete o seu racismo e sexismo incurável. Para Bernie Sanders, “socialismo” é o imperialismo a seu favor.

Aceito a urgência de uma frente única contra o racista e protofascista Donald Trump e contribuirei na campanha para as eleições gerais em apoio a qualquer candidato democrata que possa derrotar Trump. Qualquer democrata que atenda as demandas populares, como abrir as fronteiras para todos os imigrantes; libertar os prisioneiros negros e os mais de 500 mil latinos; acabar com o bloqueio Israelense na Palestina; interromper a intervenção dos EUA na Venezuela e reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 50% dos níveis de 1990 até 2025.

Seguirei a liderança de três mulheres dinâmicas e corajosas. Novos membros do Congresso. Alexandria Ocasio-Cortez, da comunidade porto-riquenha, se opôs à ICE e pediu a derrubada do muro entre Estados Unidos e México e está disposta a apontar os grandes debates. Ilhan Omar, originalmente da Somália, apoiou o boicote, o desinvestimento e as sanções, opôs-se à Elliot Abrams e aos esforços estadunidenses para derrubar maduro como fizeram com Allende, e tem sido ameaçada por Nancy Pelosi e pela máquina do Partido Democrata. Rashida Tlaib, uma palestino-americana, apoia fortemente o BDS, pede o “direito de retorno” de todos os palestinos e o impeachment de Donald Trump.

 Em contrapartida, Sanders foca somente no ‘fortalecimento da seguridade social’ e ‘Saúde para todos’, é uma estratégia consciente para pacificar os irracionalistas racistas brancos em vez de de apoiar o Black Lives Matter, confrontando a gentrificação imperialista branca e a ocupação policial nas comunidades negras.

Seu apoio em vídeo sobre a humanidade do povo de Gaza e suas críticas a polícia de Israel são suas maiores conquistas até agora, isso é insuficiente.

 Kamala Harris foi uma procuradora geral que processou brutalmente crianças e adultos negros e latinos e se opôs ao movimento abolicionista penal pelo fim das prisões. Ela agora está fingindo para a esquerda e para os negros, mas se vencer as primárias eu temo que ela se unifique com os brancos para ser ainda mais reacionária. Corey Booker da má fama ao oportunismo. Elizabeth Warren tem muitas qualidades em seu programa, mas não posso perdoar sua apropriação de uma falsa identidade indígena para ganhar votos.

Nas primárias, seguirei Ocasio-Cortez, Ilhan Omar e Rashida Tlaib. Para onde elas forem eu irei.
Lester Spence

Professor de Ciências Políticas e Estudos Africanos na Universidade de Jhons Hopkins. Codiretor do Centro de Estudos Africanos.

No dia 19 de fevereiro de 2019 Bernie Sanders declarou sua campanha presidencial para o ciclo eleitoral de 2020. Nas últimas décadas a esquerda norte americana tem se questionado sobre qual estratégia eleitoral deveria ser adotada. Sanders, um socialista democrata, faz com que essa pergunta se torne atual.

Para mim, a resposta é simples.

Em geral, a esquerda deveria estar muito mais envolvida na política eleitoral do que atualmente está.

Especificamente, isso diz muito sobre o apoio e envolvimento da mesma na campanha de Bernie.

Os argumentos para estar envolvido na política eleitoral são vários, mas irei focar em dois.

Pela primeira vez em gerações, a média ideológica mudou para esquerda. Embora existam todos os tipos de desafios com o uso de dados e opiniões públicas, pesquisas recentes sugerem que não apenas há mais pessoas se identificando com políticas públicas de esquerda, mas também com o socialismo. Há ainda um amplo consenso entre pessoas que tendem a votar em democratas e pessoas que tendem a votar em republicanos. Estamos envoltos por uma forma de luta de classes, e os americanos da classe trabalhadora estão do lado errado deste embate. Aproveitar essa mudança de atitudes vai exigir políticas eleitorais. A política eleitoral –E aqui estou me referindo tanto a concorrer às eleições, fazer o uso dos órgãos legislativos locais, estaduais e nacionais para promulgar legislação quanto trazer a ação direta, “cultura popular” para esses espaços. A fim de transformar essas ações e construir uma nova política.

Um bom contra-argumento, reconhece a necessidade de políticas eleitorais, mas sugere que as políticas de terceiros representam a rota mais frutífera. Embora seja possível gerar mudanças duradouras no nível local e, em alguns casos, no nível estadual por meio de terceiros, é incrivelmente difícil gerar vitórias em nível nacional.

Para que algo assim ocorresse, não apenas precisaríamos de uma mudança radical nas atitudes sobre classe, como também precisaríamos de uma mudança radical na atitude em relação à política e aos partidos, bem como uma instituição preexistente robusta o suficiente para suplantar as atuais duas partes do sistema. Nós não temos nada disso.

Como tal, particularmente dada a energia de ativistas e organizadores, transformar o Partido Democrata faz mais sentido do que tentar concorrer como candidato de terceiro.

Então, como temos essa mudança de atitudes (gerada parcialmente pela ocupação do Black Lives Matter) e como a política eleitoral representa um nível importante para transformar essas atitudes em mudanças políticas duradouras, a esquerda deveria estar envolvida nas eleições e unificação através de Sanders.

 

Marina Sitrin

Professora assistente de Sociologia na Universidade de Binghamton em Nova York; atualmente ela está escrevendo um livro sobre Sociedades Globais em Movimento e não Movimento para a Universidade da Califórnia.

Seria ótimo se Bernie Sanders fosse Presidente dos Estados Unidos.

Não existe identidade de esquerda nos Estados Unidos. As pessoas estão exaustas da política norte americana, com a destruição ambiental, precariedade econômica e as inúmeras crises do capitalismo. Muitas dessas pessoas se identificam como radicais, revolucionários e progressistas. Muitos não usam nenhuma categoria, especialmente a geração mais jovem –que também é uma das mais radicais.

 Então, entendendo que não há esquerda (ainda), a questão me parece ser sobre nos unirmos mesmo com nossas diferenças para que Sanders possa ser eleito. Algumas pessoas se unificarão através dele, outras se organizarão para diferentes candidatos de aparência progressista com o argumento de serem mais realisticamente elegíveis. E outros ainda receberão candidatos aparentemente mais radicais, pressionando por um terceiro. No passado, e atualmente, tem havido um grande julgamento contra aqueles que não estão escolhendo o mesmo caminho que nós –Não apenas julgamento, mas também repressão. Se queremos qualquer tipo de futuro alternativo ao que vivemos hoje, é isso que deve parar.

 Construir uma esquerda unificada não é isso. Avançar para algo remotamente unificado exige um certo acordo entre as diferenças programáticas e também respeito para com os outros.

 Não há caminhos para fazer mudanças, seja com eleições, defendendo o meio ambiente ou eliminando o capitalismo. A visão de um caminho está cada vez mais extinta, as pessoas ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos, vêm se organizando em muitos caminhos diferentes. Isso não é questão de tática ou estratégia, mas sim de novas formas de organização que estão se dando globalmente desde 1994. Uma vez que aceitarmos essa diferença, podemos ser uma esquerda unificada –Unificada em nossa diferença –Com diferentes táticas e estratégias e objetivos semelhantes.

 Seria ótimo se Bernie Sanders fosse eleito, mas atacarmos uns aos outros não irá fazer isso acontecer. Se algumas pessoas estão organizando ações diretas exclusivamente, outras manifestações em massa, outras greves, outras intervindo no mundo das mídias sociais, outras em campanha por um meio democrata e outras ainda para Bernie, -Ótimo. Enquanto estivermos criando muitos sim’s, muitas alternativas, como os zapatistas os lembram, e um Não, que é contra um sistema e suas muitas crises, não um ao outro.

Uma esquerda que pode andar unificada mesmo com suas diferenças, é uma esquerda radical e potencialmente revolucionária.

 

Eric Blanc

 Organizador em Nova York; membro do (DSA) Socialistas Democráticos da América, e autor de Red State Revolt: The Teachers’ Strike Wave and Working-Class Politics (Verso, 2019).

A campanha presidencial do Bernie Sanders, promove a maior abertura para a política independente da classe trabalhadora em gerações. Não recebemos oportunidades como essa com muita frequência. É absolutamente essencial que aproveitamos essa oportunidade por completo.

Independentemente de Sanders vencer as primárias ou não, sua campanha enviará a mensagem clara do embate da luta de classes para dezenas de milhões de pessoas nos Estados Unidos. Mais uma vez, Bernie através de sua campanha, com a proposta do Medicare for All (Saúde para todos), propostas para um novo Green New Deal, a reforma da justiça criminal e os direitos dos imigrantes, demonstra que é possível e necessário lutar por esses direitos –Mas, para que isso aconteça é preciso que haja uma construção de um movimento popular capaz de reivindicar esses direitos. E como Trump se apoiará fortemente em iscas vermelhas, a campanha legitimará ainda mais o conceito de socialismo para um público de massa.

Não menos importante, Bernie é nossa melhor aposta para vencer Trump. Ao contrário de qualquer outro candidato à presidência Bernie tem uma longa e comprovada consistência em defender os trabalhadores contra os bilionários. Diferente de qualquer outro candidato, ele claramente não está em dívida com o Partido Democrata ou com seus doadores corporativos.

A esquerda precisa fazer parte da campanha do Bernie para 2020, para que se possa organizar centenas de milhões de trabalhadores em organizações independentes da classe trabalhadora –Como os democratas socialistas da América (DSA) e os trabalhadores de Bernie –Para impulsionar a “política da revolução” Não se pode fazer isso estando na oposição.

Alguns esquerdistas e intelectuais acreditam que não devemos apoiar Bernie porque ele está concorrendo às urnas pelo Partido Democrata e/ou por causa de suas limitações políticas, por exemplo; questões de política externa; sua concepção de socialismo etc. Essa crítica dificilmente deve ser usada como um argumento para não dar apoio a campanha de Sanders –Um candidato não deveria precisar de um programa perfeito para merecer o apoio da esquerda. Podemos fazer ambos, apoiar a entusiasticamente Bernie e criticar quaisquer de suas limitações.

A questão do Partido Democrata é mais substancial.

Concorrendo às primárias pelo Partido Democrata sujeitará a campanha – E seus apoiadores a todo tipo de pressão política organizacional.

Particularmente. Se Bernie perde nas primárias, há um risco real de que a energia que ele ajuda a gerar possa ser canalizada de volta para apoiar um democrata tradicional. A resposta apropriada para isso, no entanto, não é se abster da campanha, mas sim organizar-se como uma corrente distinta dentro dela para cristalizar a organização da classe trabalhadora e socialista. Se Bernie ganhar a presidência, tais veículos independentes de baixo para cima serão necessários para gerar poder de rompimento/ruptura –Através de greves e ações massivas para forçar a capital e o congresso cederem às principais políticas de Bernie.
Eljeer Hawkins

Colaborador da Labour Community; Ativista pacifista do movimento contra guerras, nascido e criado no Harlem, Nova York; há 24 anos membro da Socialist Alternative (Alternativa Socialista); contribui regularmente para o jornal da Alternativa Saocialista; socialistworld.net e para o Instituto Hampton: raça e justiça criminal; Black Lives Matter. Lecionou em inúmeras universidades, incluindo a Universidade de Harvard; o Hunter College; Oberlin College e na Universidade de Toronto.

Na terça-feira, 19 de fevereiro, o senador Bernie Sanders, declarou que jogaria seu chapéu no ringue pela segunda vez para nomeação presidencial pelo Partido Democrata, para as eleições presidenciais de 2020. A repercussão do anúncio foi imediata e esmagadora, em menos de 24 horas a campanha de Sanders recebeu 6 milhões de dólares de voluntários se comprometendo a trabalhar em sua campanha.

Existem 1.500 mil e quinhentos bilionários em todo o mundo, 560 vivem nos Estados Unidos, 75 destes vivem em Nova York. Espalhados pela China, Alemanha e Índia existem 100, respectivamente liderados pelo fundadores da Amazon e pelo ser humano mais rico do mundo, Jeff Bezos. As cinco pessoas mais ricas do mundo estão avaliadas no valor de US$ 143,1 bilhões de dólares, as mesmas possuem mais riqueza do que a metade inferior da população mundial, que conta com aproximadamente 3,8 bilhões de pessoas. A OXFAM (organização global que tem como objetivo combater a pobreza) acaba de informar que 82% do dinheiro gerado no ano passado para as mãos de 1% de pessoas mais ricas do mundo. Estamos realmente vivendo em uma nova era dourada, onde a riqueza e os recursos do mundo são mantidos nas mãos de uma pequena parcela de pessoas. Recentemente, o relator das Nações Unidas especializado em extrema pobreza, emitiu um relatório contundente depois de viajar por todos os Estados Unidos. O relatório destacou os níveis mais profundos de desigualdade de renda, pobreza e condições deploráveis na nação mais rica da história da humanidade.

O ressurgimento do socialismo está enraizado no total fracasso do capitalismo e da democracia burguesa para resolver os problemas cotidianos dos trabalhadores, jovens e pobres que o enfrentam.

A esquerda norte americana deve se engajar criticamente com a campanha de Sanders e seu programa como um passo à frente na luta de classes e nos futuros esboços de um partido da classe trabalhadora e dos pobres. O aumento dos movimentos sociais, como a luta por 15, Black Lives Matter, o #MeToo e as lutas que se desenvolvem nos locais de trabalho, como as greves dos professores ao redor do país, abriram um novo paradigma político para a esquerda.

Bernie decidiu concorrer pelo Partido Democrata, e acredito que seja um erro visto que, devemos aprender com as lições das eleições primárias do Partido Democrata de 2016. Se Sanders perder, ele deve concorrer até novembro como independente e ajudar a estabelecer as bases de um novo partido para desafiar os dois partidos de Wall Street e sua agenda. Esta campanha e Sanders, apesar de suas debilidades, permite que a esquerda estabeleça um diálogo com a classe trabalhadora, jovens e todas as minorias para tentar construir um poderoso movimento de massas multirracial e assim então, derrubar Trump e o sistema capitalista.
John Bachtell

Eleito presidente nacional do Partido Comunista dos Estados Unidos em 2014 depois de servir como presidente do Partido Comunista de Illinois (2001-2014) e do Partido Comunista de Nova York (1992-2001). Tem atuado em muitas campanhas eleitorais, incluindo as presidenciais de Obama e as campanhas de Sanders e Clinton. Esteve Envolvido em Chicago com a Labour Network for Sustainability (Rede de Trabalho para Sustentabilidade). Atualmente escreve para o People’s World sobre política na atualidade, estratégia e táticas marxistas.

Há altos riscos nas eleições de 2020.

Embora fosse ótimo se a ampla e diversa esquerda, que constitui a maior parte do Partido Democrata, pudesse se unificar através de Bernie Sanders, é improvável.

É excitante ver um candidato socialista falando sobre seus ideais para milhões de pessoas para além disso, observar que isso tem acontecido de forma espontânea e natural como parte do cenário político.

É bom apreciar a diversidade de candidatos que já participaram de uma primária democrata, incluindo mulheres, pessoas de cor, e vários candidatos que compartilham posições progressistas semelhantes em muitas questões cruciais. Esse conjunto de candidatos, emergindo do surto histórico contra a extrema direita, certamente impulsionará o interesse, a participação e o comparecimento dos principais eleitorados.

No entanto, Trump, o Partido Republicano e a extrema direita e seus apoiadores corporativos representam uma ameaça existencial à democracia, à paz e ao meio ambiente. Sua derrota é imperativa não apenas para as pessoas e para o planeta agora, mas também para conquistar um futuro socialista.

A esquerda deve se unificar para ajudar a construir a aliança mais ampla possível para derrotar essas forças. Tal aliança consistiria na classe trabalhadora multirracial e seus aliados, a ampla esquerda incluindo socialistas, todos os movimentos democráticos e a fração da classe corporativa que se opõem a Trump.

Embora a maioria tenha uma atitude positiva em relação ao socialismo (como eles o entendem) no Partido Democrata, a vitória exigirá a vitória de eleitores independentes, moderados e centrais, incluindo os que votaram em Trump em 2016 mas agora se voltaram contra ele.

O candidato que ressoa com amplas massas de eleitores, incluindo eleitores moderados, pode reunir diversos grupos e comunidades, articular melhor uma visão abrangente para o futuro do país e é mais capaz de abordar classe, raça e gênero, irá ganhar.

Uma derrota retumbante da centro esquerda sob a coalizão com a extrema direita que caminha na direção da saúde universal, educação gratuita, assistência infantil universal, uma nova proposta de Green New Deal, reforma da justiça criminal, reforma da imigração com caminhos para a cidadania etc. Pode abrir as portas para um novo estágio de luta mais difícil. Tal vitória poderia alterar radicalmente o cenário político. Poderia criar condições mais favoráveis para a classe trabalhadora e seus aliados, para que a corrente socialista e de esquerda crescesse, promovendo assim, reformas políticas, democráticas e econômicas mais radicais.
Rand Wilson e Peter Olney

Rand Wilson é chefe de gabinete do SEIU (Sindicato Internacional dos Empregadores dos Serviços) e ex-organizador voluntario do Labor of Bernie (organizadores voluntários da campanha de Bernie Sanders). Peter Olney é diretor aposentado ILWU (União Internacional dos Armazéns) e instrutor e consultor de mão de obra.

Como organizadores sindicais de longa data e ativistas, nós fomos “graaandes” apoiadores do Bernie em 2016. Ajudamos a organizar os esforços do Labor For Bernie que movimentam dezenas de milhares de membros dos sindicatos e centenas de sindicatos locais (muitas vezes desafiando seus sindicatos) para apoiar agressivamente Bernie nas primárias. Da mesma forma, Bernie também ganhou o apoio oficial de seis sindicatos nacionais (União dos Correios Americanos; União de Trânsito Amalgamada; Trabalhadores das Comunicações da América; União Internacional dos Armazéns; União Nacional das Enfermeiras e União dos Eletricistas).

Bernie sabiamente decidiu pegar a rota primária e concorrer como democrata. Como resultado, sua candidatura e o movimento que o apoiou mudaram o debate no Partido Democrata. A campanha de Sanders demonstrou amplo apoio às políticas populistas que até então os democratas corporativos tinham medo de abordar.

Mas 2020 não é 2016. Na próxima temporada primária, haverá vários candidatos que, pelo menos, vão mencionar grande parte, ou todo o programa de Bernie. É uma conquista real que todos os candidatos democratas do mainstream agora adotem medidas como saúde para todos, ensino superior gratuito, reformas progressistas de imigração e uma nova proposta para o Green New Deal.

Embora continuemos a ver Bernie como o melhor candidato, nossa tarefa agora é encontrar uma maneira de criar um “polo de esquerda) dentro do movimento dos trabalhadores, promover discussões mais profundas sobre as bases e o apoio a um programa político da classe trabalhadora. Acreditamos que é essencial criar apoio para um processo de aprovação orientado pelos membros com base nos candidatos que apoiam esse programa.

Armados com um programa radical –E amplo apoio de seus membros, os sindicatos podem entrar na disputa eleitoral primária e livrar-se dos verdadeiros candidatos pró trabalho dos democratas corporativos. Os fóruns de candidatos e os questionários de endosso são ferramentas essenciais neste processo.

O apoio inequívoco a greves de trabalhadores, campanhas contratuais e organizadoras também desse ser usado pelos sindicatos como um ponto de referência para obter as massas.

Nossa experiência nas primárias democratas de 2016 mostrou como essas ferramentas fornecem um caminho importante para a construção de um poder eleitoral genuíno da classe trabalhadora. Por exemplo, a última vez em que Bernie Sanders apoiou a greve da Verizon provocou aos membros do CWA e a muitos outros trabalhadores sua sinceridade e credibilidade como candidatos.

Os candidatos que pretendem ganhar as massas costumam ignorar a importância crucial da participação de membros e a construção de um movimento de trabalhadores que lutem pelos seus interesses enquanto classe. Como Bernie sempre enfatizou, precisamos de uma revolução popular para consertar um sistema político quebrado e uma economia manipulada. Agora é a hora de promover as propostas programáticas que Bernie e qualquer candidato progressista gostariam de usar. Acreditamos firmemente que os candidatos que adotarem nosso programa estarão na posição mais forte para derrotar Trump.

Todavia, independentemente de quem eventualmente vencer a nomeação do Partido Democrata, estamos fazendo uma campanha para conscientizar a classe trabalhadora, amigos e aliados; pois somente uma ampla “frente única” derrotará Donald Trump em 2020.

 

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