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SÃO PAULO PARA TUDO | Zona Oeste: por um 28 de abril ativo

O Comitê da Zona Oeste pela construção da Greve Geral está convocando uma ação no dia 28 a partir das 6h em frente ao portão 1 da USP, na Rua Alvarenga. O Esquerda Diário conversou com Marcello Pablito, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP e Diana Assunção, ex-candidata a vereadora de São Paulo do MRT pelo PSOL.

quarta-feira 26 de abril de 2017 | Edição do dia

Nas últimas semanas diversas entidades, organizações políticas, trabalhadores e jovens vem se reunindo no Comitê da Zona Oeste pela construção da Greve Geral. As reuniões, que vem ocorrendo na sede do Sindicato dos Trabalhadores da USP, debatem ações em comum mas também as políticas e perspectivas de distintos setores. Para Marcello Pablito, direto do Sintusp se trata de uma experiência importante "Desde o dia 15 de março estamos batalhando em todos os lugares onde nós do MRT estamos para colocar de pé comitês de base que possam debater os rumos da mobilização. Para nós esses comitês não devem ser a mera junção de dirigentes sindicais ou de correntes políticas, mas devem avançar pra ser um organismo de verdadeiro expressão da base. Isso porque ao mesmo tempo que estamos nos lançando com tudo na construção do dia 28, certamente um dia histórico pra classe trabalhadora, também buscamos alertar todos os trabalhadores da necessidade de tomar a luta em nossas mãos porque as burocracias sindicais conciliam com os governos e muitas vezes traem a nossa luta".

Diana Assunção, que foi candidata a vereadora de São Paulo do MRT pelo PSOL com bastante força na região Oeste, também comentou que "É fundamental exigir das centrais sindicais não somente um dia de luta ativo, como também um plano de luta concreto que vá para além do dia 28. Precisamos de um plano de luta com novas paralisações, manifestações, cortes de rua, piquetes e todo tipo de ação que possa efetivamente preparar uma greve geral até derrubar Temer e todas as reformas."

Para preparar uma greve geral como essa, Diana Assunção afirmou: "Seria fundamental um Encontro Nacional de delegados eleitos pela base, nos comitês, para que cada fábrica, local de trabalho e estudo defina os rumos da nossa mobilização, e não apenas os dirigentes sindicais ’por cima’. Ao mesmo tempo que exigimos deles, porque estão nos postos de direção, não temos nenhuma ilusão, principalmente porque querem dividir a nossa luta entre demandas meramente econômicas e a questão política, ou seja, a crise política que vivemos no país e que resposta dar a ela. Essa separação é funcional à estratégia de fortalecimento da candidatura de Lula em 2018. Não podemos cair nessa armadilha. Para nós toda luta deve ser política, e por isso estamos defendendo a necessidade de classe trabalhadora não batalhar apenas pra mudar os jogadores, mas pra mudar as regras do jogo. Uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta poderia abrir o caminho pra debater os grandes problemas do país fazendo com que sejam aos capitalistas que paguem pela crise".

Para Pablito, a ação organizada pelo Comitê da Zona Oeste vai no sentido de buscar uma voz independente. "Nós consideramos fundamental a maior frente única possível nesta paralisação nacional, e sabemos que as burocracias somente estão se movimento pela pressão da base uma vez que o ataque é muito grande. Mas queremos fazer um 28 de abril ativo, junto com todos os setores da esquerda e movimentos sociais. Há grande parte dos sindicatos que está falaciosamente orientando as pessoas a nem saírem de casa, nós consideramos o contrário, a classe trabalhadora precisa estar organizada, junta, fazendo ações concretas, mostrando pro conjunto da população que está parando a produção, os serviços e transportes pra levantar uma bandeira que toca a todos, pra que ninguém tenha que trabalhar até morrer. Por isso estamos convidando toda a população da Zona Oeste a estar conosco a partir das 6h em frente ao Portão 1 da USP".




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