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INTERNACIONAL | Zimbabwe: “só tem 500 testes que pegamos da OMS e já usamos quase 400”

sábado 11 de abril de 2020 | Edição do dia

O secretário da Associação dos médicos pelos direitos humanos do Zimbabwe, Norman Matara denunciou as condições precárias que se encontra o seu país frente à pandemia do coronavírus. Além de terem escassos testes, há apenas um centro médico de estes para todo o país, ou seja, segundo ele restam quase 100 testes para uma população de aproximadamente 16 milhões e apenas local para testes para atender essa demanda.

A primeira vítima do país foi um idoso de 79 anos em Bulawayo, a segunda maior cidade do Zimbabwe, ele havia sido diagnosticado com pneumonia no mês passado e só conseguiu ser testado 3 dias após sua morte, confirmada para o novo coronavírus. Mataro afirma que se houvessem mais testes, casos como desse senhor poderiam ser conduzidos de uma maneira melhor. A falta de estrutura não para por aí, trabalhadores da saúde moveram uma ação judicial contra o governo por conta da falta de EPI’s para o staff médico que se encontra na linha de frente no combate ao vírus.

A questão é que vem subindo o número de casos que não são detectados por conta da falta de testes não só para o Zimbabwe, a organização compostas por países africanos, União Africana alega que a falta de testes se dá por conta de países ricos saírem na frente na corrida por testes e pela falta de estrutura. Vimos recentemente o próprio Trump reter 600 respiradores que vinham para o Brasil, o imperialismo nos momentos mais profundos de crise capitalista mostra sua cara racista e reacionária.

A situação precária que se encontram os países africanos em meio a essa pandemia, sobretudo no que diz respeito aos testes que faltam em diversos países, escancara o nível de opressão e exploração que os povos africanos sofrem no marco dessa crise sanitária. Na realidade, os governos e a burguesia nesses momentos fazem o uso mais ácido dos conteúdos racistas e machistas de períodos anteriores para aprofundar a precarização da vida e de certa forma legitimar a morte de milhões em determinadas regiões do mundo. Os imperialismos, por outro lado, se apoiam nesses problemas sociais profundos para precarizar ainda mais as vidas dos trabalhadores e sem sombra de dúvidas por retirarem a possibilidade de obter testes de igual para igual das nações do continente africano são culpados do número grande infectados e mortes que se avinha.

Informações retiradas da matéria da Al Jazeera




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