Discurso ocorreu no lançamento de um programa que visa combater a violência a mulher.
quarta-feira 11 de março de 2020 | Edição do dia
Minas Gerais é o estado com mais feminicídios do país, de acordo com o portal G1, foram registrados 136 casos só em 2019.
O levantamento do Monitor da Violência, uma parceria do portal G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta também que a taxa de feminicídios no estado mineiro, de 1,3 para cada 100mil, supera a nacional que é de 1,2 para cada 100mil.
Foi diante desse cenário que o governador mineiro, Romeu Zema, digno representante patronal, escancarou sua real face e daqueles que representa, ao discursar no lançamento de um programa que visa combater a violência a mulher, o "MG MULHER", ele naturalizou os casos. Segundo Zema, a agressão do homem contra a mulher é “meio que como um instinto natural do ser humano”.
Tal afirmação evidencia o ódio às mulheres, não somente de Zema e seu Partido, o Novo, mas principalmente daqueles que ele tanto representa e o apoia: o empresariado.
Não à toa, mesmo ciente de todos esses casos, em 2020, Zema reduziu pela metade o número de funcionários do CERNA (Centro de Atendimento Risoleta Neves) que presta orientação psicológica a mulheres vitimas de violência, assim como pouco fez para garantir o aumento salarial e o pagamento do décimo terceiro as educadoras do estado, afinal, é o desprezo e a naturalização da opressão as mulheres que permite o empresariado tanto abusar das trabalhadoras.
Assim como Zema, essa corja burguesa explora as mulheres lhes pagando-lher menos, cortando direitos e tudo que puderem com um só objetivo: lucro. Tudo embasado numa "razão natural".
As mulheres, entretanto, em todo o Brasil e no mundo deram exemplo nesse 8 março na luta demonstrando como se luta contra a opressão e exploração, saindo nas ruas e cantando contra os governos misóginos que se utilizam do machismo para lucrar sobre seus corpos.
