Subiu para quatro o número de mortos durante os temporais que atingiram o interior de São Paulo desde a madrugada de segunda-feira, 10. Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, em todo o Estado foram contabilizados 142 desabrigados e 516 desalojados até o momento.
terça-feira 11 de fevereiro de 2020 | Edição do dia
Foto: Reuters
Na manhã desta terça, 11, o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos de duas mulheres que estavam desaparecidas desde o dia anterior, quando o carro que ocupavam foi arrastado pela enchente do rio Capivari, na rodovia de acesso ao distrito de Vitoriana, em Botucatu. Os corpos foram encontrados a 150 metros do veículo. Os bombeiros ainda buscam um homem que também estava no carro e continua desaparecido.
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Na madrugada desta terça, uma chuva forte causou o rompimento do aterro de uma rodovia e um carro e um caminhão foram tragados pela cratera, em Júlio de Mesquita, na região de Marília, interior de São Paulo. O acidente aconteceu no km 308 da rodovia Leonor Mendes de Barros (SP-333). O motorista do caminhão conseguiu escapar com ferimentos leves, mas o motorista do carro acabou morrendo no interior do buraco. O corpo da vítima, um funcionário da concessionária que administra a rodovia, foi resgatado de manhã.
Na segunda-feira, em acidente parecido, um carro e um caminhão caíram em uma cratera aberta pela chuva na rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Botucatu. O condutor do carro escapou ileso, mas o motorista do caminhão foi achado morto, a mais de um quilômetro do local.
Em Botucatu, prefeitura decretou estado de calamidade, depois que o temporal destruiu sete pontes e avariou outras cinco na área urbana e zona rural. Conforme a estação meteorológica da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, a cidade recebeu 270 mm de chuva na madrugada de segunda.
Vinte casas ficaram danificadas e ao menos 30 pessoas ainda estão desabrigadas. Seis ruas tiveram danos e foram interditadas Em Araçariguama, o bairro do Tanque Velho continua isolado, depois que uma ponte rodou, deixando o acesso interditado. A prefeitura decretou situação de emergência e espera ajuda do governo estadual para refazer a ponte.
Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, em todo o Estado foram contabilizados 142 desabrigados e 516 desalojados até o momento (confira ao final da matéria lista por município).
Frente a essa tragédia capitalista resultante tanto do descaso do poder público quanto do processo de urbanização desordenado e segregacionista do capitalismo, são necessárias medidas para emergenciais para assegurar segurança para as pessoas afetadas, como: a disponibilização imediata de prédios públicos para deslocamento de população em área de risco, além de garantia de meios seguros para deslocar todos os que estão em risco; indenização imediata do governo a todas as famílias afetadas; impostos progressivos sobre as grandes fortunas e fim de isenções fiscais para poder destinar investimento público a uma reforma urbana radical.