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No Instagram | Vídeo de trotskistas combatendo nazistas e bolsonaristas nas ruas em 2011 viraliza

Uma reportagem de 2011 viralizou hoje (16) no Instagram pela página ‘imagens.historia’. Já são mais de 100 mil visualizações na página que possui quase 400 mil seguidores. Vídeo mostra grupo de dezenas, vários deles trotskistas, que saíram às ruas em 2011 para combater um pró-Bolsonaro convocado por neonazistas e carecas. Veja o vídeo na matéria.

sábado 17 de julho de 2021 | Edição do dia

O trotskismo combate o nazismo desde o seu surgimento, como mostram diversas obras do revolucionário russo. No Brasil, o trotskismo cumpriu papel importante na famigerada Revoada das Galinhas Verdes, quando trabalhadores derrotaram o fascismo integralista na Praça de Sé em 1934. Antes de Bolsonaro chegar ao poder, os trotskistas já saíam às ruas para combater a sua política de extrema-direita.

No caso em questão, Bolsonaro havia acabado de declarar barbaridades racistas em rede nacional, respondendo a Preta Gil no programa CQC. A artista havia perguntado a Bolsonaro “se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”, no que o energúmeno respondeu “ô, Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”. O racismo escancarado gerou uma comoção na época e grupos (literalmente e abertamente) neonazistas convocaram um ato na Avenida Paulista para defender o líder. O “ato cívico” fora convocado nas redes sociais da época por pessoas “do bem” como Erick White que, após ter dito que Bolsonaro era “o único deputado que bate de frente com esses comunistas e libertinos”, finalizava a mensagem com a referência nazista “14/88”.

Ninguém esperava, na época, que o amigo dos nazistas viraria presidente, mas os trotskistas já sabiam da importância de combatê-los nas ruas. Marcello Pablito, entrevistado como Marcello Santos, deu uma boa declaração para o Jornal Gazeta. Militante do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, organização trotskista que impulsiona o Esquerda Diário, Marcello também é trabalhador da USP.

Para a repórter, Marcello disse: “Hoje nós viemos nos manifestar porque soubemos que está tendo uma manifestação ilegal aqui pelo mesmo grupo que atacou os homossexuais na paulista, que ataca os negros nas periferias e nas esquinas. É um grupo que tá organizando e é abertamente fascista, tá sendo divulgado pela internet, a polícia e o governo sabem disso. Qualquer coisa que aconteça aqui vai ser responsabilidade do governo que sabe que é um grupo fascista que tá organizando. É uma manifestação ilegal em defesa de uma declaração racista do deputado Jair Bolsonaro”.

  •  Leia mais: Trotsky e uma política para derrotar o fascismo

    Veja vídeo abaixo




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