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OCUPAÇÃO DE TERRENO DA USP | Vídeo: Faísca e CAs da USP se solidarizam com a Ocupação da São Remo em mutirão de limpeza

Veja no vídeo abaixo: Juventude Faísca e centros acadêmicos da Faculdade de Letras (Caell) e de Pedagogia (Cappf) estiveram hoje (20) na ocupação da São Remo, prestando solidariedade aos moradores e levando também o Esquerda Diário como ferramenta dos trabalhadores da ocupação.

domingo 21 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Centenas de famílias sem teto ocuparam um terreno da USP ocioso há 30 anos. Apesar da intenção da reitoria de realizar a reintegração, os moradores continuam resistindo e reivindicando que a universidade entregue o terreno para a prefeitura e que esta construa moradias dignas para todos que se instalaram no local.

Por não estar sendo utilizado pela USP, gerou acúmulo de lixo e entulho de todo tipo. Os moradores organizaram hoje um mutirão para limpar e organizar o local, onde estivemos também prestando ajuda.

"A gente tá atrás de moradia digna. Vc vê que é um terreno há mais de 20 anos abandonado. Hoje estamos tirando lixo, escorpião, rato, cobra..", contou uma moradora da ocupação.

Muitos desses moradores também são trabalhadores ou ex-trabalhadores da USP, que entram pela porta dos fundos por meio da terceirização, vivem e trabalham em condições precárias e não podem ao menos usufruir do conhecimento produzido no próprio local que trabalham, e muito provavelmente não terão a chance de ver seus filhos estudando alí, tamanho o elitismo da universidade.

Veja também: "A gente tá ocupando o terreno porque a gente realmente precisa" diz participante de ocupação na São Remo

Os trabalhadores sofrem hoje com uma precarização absurda da vida, seja com a falta de empregos ou em trabalhos extremamente precários, condição que se aprofundou com os inúmeros ataques aprovados por Bolsonaro, pelo congresso e tutelados pelo STF. Na pandemia então essa situação aprofundou ainda mais, tornando até mesmo a moradia, um direito fundamental básico, um elemento escasso na vida dos trabalhadores que tem que ser arrancado pela luta.

Nay, outra moradora da ocupação, também falou indignada: "Tou a ponto de ser despejada, porque não tenho condições de cuidar sozinha de duas crianças e pagar aluguel com um salário mínimo".

Para entender mais: Ocupação na favela São Remo: todo apoio à luta por direito à moradia

É muito absurdo que pessoas que literalmente ergueram essa universidade não tenham o direito mínimo de moradia bem ao lado do lugar que trabalham. E ainda tenham que resistir frente a ameaças e intimidações da Universidade.

A ocupação conta com todo nosso apoio da Juventude Faísca, dos trabalhadores da USP e de entidades estudantis da universidade.




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