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PARALISAÇÃO NACIONAL | Veja principais ações da CSP-CONLUTAS na paralisação nacional

sexta-feira 29 de maio de 2015 | 17:19

Extraído do site da CPS-CONLUTAS

Avenidas bloqueadas, trabalhadores de braços cruzados, atos de rua, manifestantes reprimidos em vários cantos do país. Em resumo, muita luta. Assim começou, ainda de madrugada, esta sexta-feira – Dia Nacional de Paralisação e Manifestações.

O objetivo central deste 29 de maio, que serve de ensaio para a necessária greve geral, é a luta contra a terceirização e os ataques dos governos na forma de ajuste fiscal, como as medidas 664 e 665 do governo Dilma (PT), que atacam direitos como seguro-desemprego, pensão por morte e abono salarial.

Veja abaixo o quadro parcial das mobilizações pelo país

SÃO PAULO
Na capital paulista, o 29 de maio começou com estudantes e trabalhadores da USP, juntamente com militantes de diversas organizações como o Movimento Mulheres em Luta (MML), realizando um trancaço em frente ao portal principal da universidade.

A avenida Afrânio Peixoto foi bloqueada e a rodovia Raposo Tavares, que fica próxima à USP, foi interditada. O protesto foi reprimido duramente pela Polícia Militar.

Outro ponto com protesto foi a Avenida Nações Unidas, de onde cerca de 200 manifestantes saíram em passeata logo nas primeiras horas do dia. Participaram da atividade diversas entidades, dentre elas a CSP-Conlutas, Sindicato dos Químicos, Apeoesp Santo Amaro, Ocupação Plínio de Arruda (Mov. Moradia), metroviários, MML e Quilombo Raça Classe. Na Ponte do Socorro (imagem abaixo), região da zona sul, também houve passeata com aproximadamente 100 pessoas. Manifestantes também protestam na marginal Pinheiros. Participaram CSP-Conlutas, CUT, Intersindical, Sindicato dos Metroviários, Sindicato dos Químicos, Apeoesp, além de moradores das ocupações Jardim União e Terra Prometida. Também foram interrompidas a rodovia Anhanguera e a Ponte das Bandeiras.

No Vale do Paraíba, o Dia Nacional de Paralisação teve forte presença operária. Cerca de 14 mil metalúrgicos, em São José dos Campos e região, participaram de protestos.

No Litoral Norte, o dia foi marcado por atividades nas unidades da Petrobrás. Na Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), petroleiros diretos e terceirizados atrasaram o início do expediente em três horas (imagem abaixo). No Terminal Almirante Barroso (Tebar), houve corte de rendição no grupo de turno da meia-noite.

Outra região do estado paulista atingida pelos protestos foi a Baixada Santista. Com atos concentrados em três pontos estratégicos, muitos trabalhadores sequer chegaram ao trabalho. Foram realizados três trancaços: na divisa entre Santos e São Vicente, na divisa entre Santos e Cubatão e na Rodovia Cônego Domenico Rangoni (imagem abaixo), por onde passam os ônibus que transportam os trabalhadores do pólo industrial de Cubatão. A CSP-Conlutas esteve presente em todos os atos.

No ABC, a CSP-Conlutas participou da passeata massiva realizada pelos metalúrgicos (imagem abaixo), que decidiram parar por 24 horas. Nas sete cidades (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) houve paralisação dos ônibus de linha por pelo menos quatro horas.

Diversas refinarias do Estado tiveram suas atividades interrompidas ou atrasadas. Na Replan (imagem abaixo), em Paulínia, os petroleiros não fizeram a troca de turno. No Terminal Barueri, da Transpetro, houve atraso até as 10h, assim como na Refinaria de Capuava (RECAP). Em todas as unidades, petroleiros da CSP-Conlutas ajudaram a construir os protestos.

RIO GRANDE DO SUL
Em Porto Alegre, os metroviários suspenderam totalmente as atividades e os rodoviários também engrossaram as manifestações. Todas as garagens de Porto Alegre amanheceram paradas. No Vale dos Sinos e Canoas também tiveram garagens fechadas.

Houve repressão na empresa CARRIS (companhia de ônibus), na capital gaúcha, quando a Brigada Militar tentou abrir a garagem à força. Diante da resistência dos manifestantes, com rodoviários e metroviários de braços cruzados engrossando a paralisação, Brigada recuou.

RIO DE JANEIRO
Diversas unidades da Petrobrás foram afetadas. No Norte Fluminense, houve trancaço nas bases de Imbetiba e Praia Campista (imagem abaixo), ambos em Macaé. Na Refinaria Duque de Caxias houve paralisação do turno e trancaço na entrada dos trabalhadores do regime administrativo, com atraso de três horas. Em alto mar, ao menos 13 plataformas aprovaram greve na emissão de PTs (Permissões de Trabalho).

Trabalhadores da Usina Termelétrica-BLS/BF, em Seropédica, realizaram pela manhã atraso na entrada do turno. Estudantes e trabalhadores da UFF em greve realizaram piquete nos campi Valonguinho e Gragoatá, que não funcionaram no dia de hoje, se somando aos milhões de trabalhadores que participam do Dia Nacional de Paralisações e Manifestações. No TABG (Terminal Aquaviário da Baia De Guanabara), petroleiros aprovaram paralisação de oito horas. Ainda houve atos nos prédios administrativos da capital fluminense (EDISE e EDISEN).

Por sua vez, os garis estiveram na gerência de Piedade (NG13P). Os trabalhadores, em assembleia, decidiram pela continuidade da campanha de reintegração dos demitidos, pela campanha financeira e contra o PL 4330 e as MP’s 664 665. Em São Gonçalo, ato no período da manhã reuniu ativistas e lideranças sindicais na Praça do Rodo, centro da cidade.

ALAGOAS
Na Braskem, em Maceió, a unidade amanheceu com os trabalhadores parados. A paralisação seguiu até as 10h e, na sequência, a força de trabalho foi dispensada.

MINAS GERAIS
A CSP-Conlutas participou da paralisação de rodoviários em Belo Horizonte, onde foram fechadas as estações de ônibus do Barreiros e Diamante (imagem abaixo). Metroviários de Contagem e Belo Horizonte também se integraram à paralisação, interrompendo o metrô logo pela manhã. A Rodovia BR 040, na entrada da cidade de Congonhas, foi bloqueada. O protesto atinge todas as mineradoras da região, porque é o acesso dos ônibus que conduzem os trabalhadores até o local de trabalho. Às 7h30, já havia 20 quilômetros de trânsito parado.

PARÁ
Operários e operárias de Belém também participaram do Dia Nacional de Paralisação, com diversas obras paradas. Dentre elas, Augusto Montenegro, BR, Doca e Jurunas. Passeatas em diversos pontos da cidade antecederam ato unitário realizado na Praça da República. Um protesto organizado na Avenida Augusto Montenegro, desde às 8h, interditou a região próxima ao distrito de Icoaraci.

Na obra da Direcional – Marituba, o café da manhã dos operários foi no portão. Ninguém entrou, a adesão ao dia nacional de paralisação foi 100%. Os trabalhadores demonstraram de maneira categórica sua disposição em realizar uma greve geral.

PERNAMBUCO
Logo pela manhã, foi realizada paralisação em Suape (imagem abaixo) com participação de diversas centrais, dentre elas a CSP-Conlutas. Rodoviários, trabalhadores dos Correios, servidores federais, professores municipais, estaduais e federais, e metroviários também se incorporaram às paralisações e atos do dia 29. Às 14h, foi realizada Assembleia de Professores e Ato Unificado das centrais sindicais, em frente ao FIEPE (Av. Cruz Cabuga).

SERGIPE
Forte adesão dos petroleiros no Estado. Em Assembleia com mais de 500 trabalhadores, a categoria (petroleiros diretos e terceirizados) decidiu parar por 24 horas na FAFEN (imagem abaixo). Em Carmópolis, petroleiros atrasaram o início do expediente em duas horas.

CEARÁ
Em Fortaleza (CE), ato no período da manhã reuniu mais de 10 mil pessoas, com peso para operários da construção civil e rodoviários. Passeata percorreu as principais avenidas da capital. Em Juazeiro do Norte, os servidores dos Correios e Telégrafos tiveram suas atividades paralisadas também como parte da paralisação nacional.

TOCANTINS
Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em Palmas, realizaram protestos em frente ao órgão. Durante os protestos, os servidores não se esqueceram de criticar os deputados que votaram pelo PL 4330. O ato também levantou outras bandeiras em defesa do serviço público de qualidade, denunciando a falta de autonomia técnica dos servidores para fiscalizar a aplicação de recursos públicos e a banalização do tráfico de influência.

MANAUS
Foi realizado ato em frente ao prédio da UO-AM (Unidade de Operações do Amazonas), organizado pelo Sindipetro-PA/AM/MA/AP – filiado à CSP-Conlultas.

BAHIA
CSP-Conlutas participou do bloqueio de estrada em Camaçari, onde também foi realizada agitação e panfletagem nas fábricas da cidade. Também houve bloqueio de estradas em Feira de Santa e Cruz das Almas.




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