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VAZAMENTOS DE ÓLEO NORDESTE | Vazamentos de óleo atingem 494 localidades e Bolsonaro segue calado

Já chega a 494 o número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos pelo óleo. Bolsonaro e os governos estaduais seguem calados diante dos vazamentos que destroem o meio ambiente e a vida de centenas de famílias que vivem da pesca. Enquanto isso, seguem os planos privatistas contra o pré-sal e recursos petroleiros do país.

terça-feira 12 de novembro de 2019 | Edição do dia

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 494, segundo balanço divulgado na segunda-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 111 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

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O balanço do Ibama também indica que apenas 195 das 494 localidades atingidas estão "limpas", isto é, sem vestígios ou manchas. Dentre as que ainda têm óleo, estão a Praia do Japaratinga e o Mangue da Foz do Rio Coruripe, em Alagoas, e a Ilha de Comandatuba e o Porto do Sauípe, na Bahia.

Em relação à fauna, ao menos 133 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (89) e aves (30). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

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Na Praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais.

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

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Ao todo, foram retiradas mais de 4,4 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.

Enquanto isso, os governos estaduais e federal seguem ignorando este problema que já vitimiza dezenas de famílias, causando consequências profundas para o meio ambiente. Por outro lado, avançam na venda do nosso petróleo e pré-sal, entregando nas mãos de petroleiras estrangeiras como parte de uma política entreguista que se aprofunda sob o governo Bolsonaro, para garantir o lucro dos capitalistas e que a crise seja paga pelos trabalhadores, não importa o quanto custe.

Informações Agência Estado




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