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VÍDEO: Flavia Valle, Duda Salabert e Rodrigo Costa debatem o Escola Sem Partido na UFMG

O evento "Escola Sem Partido e as perspectivas de uma educação crítica no Brasil" aconteceu na última quarta-feira (28) na FAFICH/UFMG e foi organizado pelo Centro Acadêmico da Filosofia – CAFCA e pelo Comitê de Luta do curso. Os vídeos do debate estão ao final da matéria.

terça-feira 4 de dezembro de 2018 | Edição do dia

O debate teve a presença de Flavia Valle, professora, editora do Esquerda Diário e ex candidata à deputada federal do MRT por filiação democrática com o PSOL; Duda Salabert, educadora popular, fundadora do transvest e ex candidata ao senado de MG pelo PSOL; e Rodrigo Costa, professor de filosofia da rede estadual.

Os vídeos do debate estão ao final da matéria.

Flavia Valle iniciou as falas afirmando que o projeto Escola Sem Partido é um projeto para impulsionar a perseguição política e ideológica nas escolas, e que a extrema direita, mesmo sem ter ainda o projeto aprovado, já tem perseguido professores, como ocorreu recentemente com um parlamentar apoiador de Bolsonaro que invadiu o Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro para intimidar professores, e com o Ministério Público que iniciou ação contra o Colégio Santo Agostinho em Belo Horizonte.

Para Flavia o avanço do Escola Sem Partido acompanha o avanço da extrema direita de Bolsonaro que quer vender o país com privatizações e aumentar a exploração dos trabalhadores e do povo com reformas e ataques. Por isso querem calar os professores, os estudantes e qualquer um que se levante contra seus planos.

Para Flavia, é estratégica a aliança entre professores e estudantes para responder aos ataques de Bolsonaro, assim como foi na luta contra o golpe e os ataques de Temer.

eles sabem que a juventude e os professores são um obstáculo para a implementação de reformas privatistas e de maior precarização da educação

Por isso para Flavia, "a luta contra o Escola Sem Partido é parte da nossa luta contra os avanços de um projeto reacionário que ganha cara no nosso país com Bolsonaro, Zema entre outras figuras da direita e da extrema direita que visa implementar uma maior subordinação do nosso país ao imperialismo, e pra isso conta com o judiciário como fator determinante".

Ela também denunciou a passividade das centrais sindicais e estudantis, como a CUT, a CTB e a UNE, que não têm enfrentado os avanços do autoritarismo do judiciário e do golpismo, que manipularam a eleição favorecendo Bolsonaro e agora vão querer ajudá-lo a governar para implementar reformas como a da previdência. Para ela essa passividade é parte da estratégia parlamentar e eleitoral que o PT e partidos aliados têm levado à frente, para desgastar Bolsonaro e se prepararem para a próxima eleição, e não derrotá-lo com a luta de classes.

a gente tem que exigir das grandes centrais sindicais e estudantis que convoquem comitês de base que consigam massificar a luta contra Bolsonaro

Rodrigo Costa fez a segunda fala, denunciando como o Escola Sem Partido tem trazido medo aos professores e profissionais da educação, e que tem havido uma polarização dentro da sala de aula, com estudantes que são influenciados pelas ideias de direita.

Disse que a filosofia e a sociologia estão especialmente ameaçadas e “que correm sério risco de deixarem a escola de novo". Defendendo a liberdade de pensamento e expressão na escola, lembrou que “somos pessoas diferentes e portamos valores diferentes” e disse que grande parte dos professores não tem se sentido bem com a situação nas escolas.

Para Rodrigo, apesar das dificuldades que apresentam um governo de extrema direita, os professores seguirão à frente contra os ataques junto com os estudantes.

Duda Salabert encerrou a abertura com a terceira fala, em que falou contra o Escola Sem Partido, que caracterizou como "um projeto elitista, machista e transfóbico", e afirmou que o "problema da educação brasileira é na esfera econômica", denunciando o FMI e os planos de privatização e sucateamento da educação, com o objetivo de “desenvolver um subdesenvolvimento no Brasil”.

o projeto Escola Sem Partido é um projeto elitista, machista e transfóbico

Denunciou as propostas de privatização, como a cobrança de mensalidades nas universidades públicas, e também o sucateamento que decorre da EC 95, que colocou um teto nos gastos com educação e saúde no país.

Duda também fez considerações sobre a forma dos debates organizados pela esquerda e pelos movimentos e partidos.

Após as falas de abertura aconteceram as falas e perguntas do plenário e os três convidados da mesa fizeram falas de encerramento retomando aspectos de suas falas iniciais e agradecendo a presença dos estudantes.

VÍDEOS:

PARTE 1:

PARTE 2:

PARTE 3:

PARTE 4:




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