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DEMISSÕES | Universidades particulares em São Paulo demitem mais de 1,8 mil professores

Com a desculpa de “redução de custos” e com a generalização da modalidade EaD, professores têm sido demitidos ou sobrecarregados em diversas universidades.

quinta-feira 1º de outubro de 2020 | Edição do dia

FOTO: Sérgio Brisola

Universidades privadas como Uninove, Universidade São Judas, Universidade Cruzeiro do Sul, rede Laureate, Universidade Metodista e Estácio de Sá, são algumas das instituições que adequaram ou dispensaram parte do corpo docente durante a pandemia.

Estas universidades muitas vezes se utilizam do “ensalamento”, que nada mais é do que o processo de colocar centenas de alunos para terem aula apenas com um professor, enquanto dispensam os outros professores que ministravam a mesma matéria. Sucateando assim ainda mais o trabalho do professor e o processo de aprendizagem do aluno.

As demissões em junho e dezembro, respectivos fins de semestre, são práticas comuns entre estas universidades, que tem uma grande rotatividade e misturam cada vez mais métodos precários de ensino com o uso cada vez maior de tecnologia, como para corrigir provas e ministrar matérias, tornando o estudante muito mais um “autodidata guiado”.

Os monopólios privados de educação são verdadeiras máquinas de produção de lucro, suas ações vêm cada vez mais mostrando que seu objetivo primordial é a diminuição dos custos e enriquecimento dos donos e acionistas destas universidades. O desprezo dessas empresas pelo trabalho docente é tanto que na Uninove houve em junho uma demissão de centenas de professores através de um comunicado na plataforma virtual que eles utilizavam para dar aulas, prática que tem se tornado comum durante a pandemia.




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