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ELEIÇÃO SINDICAL | Último dia de votação no Sindipetro-RJ, porque votar chapa 1

Hoje acontece o último dia de votação no SINDIPETRO-RJ, sindicato petroleiro que representa a maior base desta categoria que vem sofrendo grandes ataques para abrir caminho à entrega dos recursos naturais ao imperialismo. Nada seria melhor para a empresa e para o governo Bolsonaro que entrasse na direção deste sindicato chapas burocráticas que conciliam com a direção da empresa ou com o judiciário.

domingo 21 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

É pelo oposto disso que é conhecida a chapa 1, cujos membros desde os governos do PT são conhecidos por combater a direção da empresa, por organizar métodos muito mais democráticos de funcionamento do sindicato, com assembleias soberanas, com direções ampliadas e até mesmo – raridade na categoria petroleira – algumas comissões de base.

Este processo eleitoral que termina amanhã foi adiado devido à chapa 3 ter conseguido que o judiciário interviesse no pleito por 2 meses. Além desta chapa que se vale de métodos alheios às tradições do movimento operário, chamando inimigos para intervir em nossa categoria, também concorre uma chapa a ser fortemente combatida, a chapa 2 apoiada pela burocrática FUP. Como já fizemos saber através de nossa atuação na categoria, chamamos a votar na chapa 1.

O resultado desta eleição poderia significar entregar este sindicato aos métodos burocráticos da FUP (chapa 2), que está sempre propensa a paralisar ou entregar movimentos, mesmo sem sequer realizar assembleias, como fizeram quinta passada na greve da Bahia contra a privatização da RLAM. A chapa da FUP, tão afastada da base do Rio de Janeiro, conta com candidatos que são na verdade diretores de outros sindicatos da FUP e não poderiam evidentemente cumprir o papel nos dois lugares, salvo se este papel for de mais e mais afastamento da base, mais decisões de cúpulas, mais GTs que servem para nada além da empresa e governos nos enrolarem. A chapa 3 por sua vez, responsável pelo adiamento da eleição coloca o judiciário para mandar no sindicato, rompendo qualquer perspectiva classista elementar. Trata-se não de qualquer judiciário imaginário mas daquele que nos persegue nas greves, que ajudou a demitir mil pessoas na FAFEN.
Nada poderia ser mais nocivo ao movimento necessário para se enfrentar com as privatizações do que ter direções burocráticas e que contam com o judiciário e não com o apoio da base. O momento exige mais e mais organização pela base, democracia dos trabalhadores.

Fizemos saber a categoria que apoiamos criticamente a chapa 1 e reafirmamos esse chamado nesta matéria mostrando também o forte retrocesso que significariam as chapas 2 e 3. Apoiamos criticamente a chapa 1, uma vez que temos algumas importantes diferenças políticas com parte expressiva de sua direção que até hoje ainda não considera que este país sofreu um golpe institucional, ou com a maioria de suas correntes que votaram junto à FUP o desmonte da greve contra o fechamento da FAFEN no ano passado, e outras diferenças programáticas como a necessidade de lutar pela unidade de efetivos e terceirizados. Porém, apesar destas diferenças sabemos que estaremos lado a lado destes companheiros contra o governo Bolsonaro, contra a direção da empresa e contra os métodos burocráticos, de cúpula e conciliadores da FUP, estaremos juntos na luta contra a privatização e que, ao contrário das chapas 2 e 3, não serão inimigos da manutenção de comissões de base e outras medidas democráticas que existem no sindicato, e precisam ser ampliadas.

A vitória das chapas 2 ou 3 seria um claro retrocesso à luta dos trabalhadores. Chamamos os petroleiros que ainda não votaram que o façam votando chapa 1.
Encaramos a eleição sindical e este debate como parte de tirar as lições necessárias sobre como a categoria precisa se organizar para enfrentar o maior ataque na história da empresa e que ao mesmo tempo ocorre em uma situação de crise política que permite que uma forte greve se enfrente com a privatização, saiba mais lendo este artigo




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