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CRISE NA UFRRJ | UFRRJ: As pontas que até agora foram segurando

Diferentemente das outras universidades federais no Rio de Janeiro,a UFRRJ não entrou em estado de greve geral no primeiro semestre letivo,com o álibi de que a situação estava "normalizada",mas aos poucos a crise vai se instalando e antes as pontas que estavam amarradas,agora começam a se desprender.

sexta-feira 18 de setembro de 2015 | 00:00

Ao término do semestre passado diante de toda conjuntura de luta e reivindicações a ADUR (sindicato docente) buscou espaços para debater a defesa de uma possível greve que foi negada pelos discentes até o último momento, diante de tudo o DCE convocou algumas assembleias para articular espaços de debates e construção da luta, tudo isto não devido a uma necessidade natural,apesar da consciência da falta de estrutura e precarização do meio acadêmico,mas sim devido ao cenário externo que estava pondo a discussão a nossa mesa.

O resultado disto foram oito assembleias onde a maioria dos estudantes estavam com uma posição duvidosa com relação a greve geral,apesar de alguns cursos já estarem paralisados senão totalmente alguns parcialmente devido a falta de recursos básicos como comida devido ao fechamento do bandejão,como até o momento o assunto não estava sendo posto em pauta,o que ficou decidido seria que os estudantes voltariam para os DA’s e a partir do posicionamento interno dos cursos que o DCE agitaria numa defesa a favor ou contra a greve.

Deste cenários apenas os técnicos administrativos conseguiram manter uma posição firme de greve e fizeram plenárias e atividades de conscientização de luta,com críticas ao governo,especialmente aos cortes na educação que afetam diretamente as federais.

A Rural que até o momento estava segurando as pontas,apesar de todo descaso e precarização para com os trabalhadores,se encontra numa situação em que os gastos não correspondem as verbas repassadas pelo Governo Federal,o que põe em risco o pagamento do salário dos trabalhadores,principalmente os terceirizados e bolsistas. Entre 2009 e 2013 os recursos orçamentários da UFRRJ aumentaram pouco mais de 50%,na medida em que as despesas com a contratação de serviços terceirizados cresceu mais ou menos 250%.

Devido ao corte de 47% dos recursos orçamentários para investimentos e 10% dos recursos de custeio desta instituição, o limite disponível do orçamento da universidade para gastos e manutenção passou a ser R$9.233.050,3, porém até 19 de junho de 2015 já haviam sido comprometido R$4.126.078.2 em obras, cabe aqui dizer não realizadas devido a problemas jurídicos com as empreiteiras, que vem desde 2010 e 2011 e acabou gerando o gasto de R$41.619.269,16, restando apenas R$5.106.972 para suprir as demandas do resto deste ano letivo.

Para começaram a resolver os problemas de infraestrutura e necessidades básicas como gastos em diárias, passagens e material de consumo, a pró-reitoria de assuntos financeiros e a pró-reitoria de planejamento avaliação e desenvolvimento institucional,estimam que seriam necessários mais R$9.361.135.30 , já considerando o salvo disponível após o corte. A Reitoria está dentro do possível tomando posições para que os trabalhadores e bolsistas não fiquem prejudicados, sendo assim as bolsas e os salários continuam caindo apesar dos atrasos, mas a questão é: para que se mantenha este salário de alguns,vários outros já foram demitidos e quando um trabalhador está sem emprego e salário,de certa maneira todos estão sendo atacados,pois mais cedo ou mais tarde isto irá chegar a nossas portas.

O fundamental é que neste momento o DCE, mobilize os Da’s e CA’s agitando espaços de reflexão sobre a atual conjuntura e faça um trabalho de base onde o principal objetivo seja conscientizar a sociedade acadêmica dos ataques que estão sofrendo e com isto toda precarização do ensino e do trabalho ,para que todos saibam da constante luta que estamos defendendo e quando ocorrer uma oportunidade propícia a greve que esta seja realizada com êxito de participação e organização e a partir disto os trabalhadores e estudantes juntos possam responder que não são os pobres que vão pagar pela crise,mas sim os ricos.




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