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ELEIÇÕES ANDES-SN 2020 | Triunfo da Chapa 1 “Unidade para lutar” nas eleições de ANDES-SN

A Comissão Eleitoral Central (CEC) divulgou os resultados da eleição tele presencial, este sábado, 07 de novembro, onde a chapa 1 venceu com 7.086 votos sobre a Chapa 2 que contou com 5.658 votos, de um total de 12 mil.

domingo 8 de novembro de 2020 | Edição do dia

Imagem: Andes/SN

A Comissão Eleitoral Central (CEC) divulgou os resultados da eleição tele presencial, este sábado, 07 de novembro, onde a chapa 1 venceu com 7.086 votos sobre a Chapa 2 que contou com 5.658 votos, de um total de 12 mil, sendo eleita Presidenta Rivânia Moura da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) de Mossoró; Regina Ávila da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como Secretária Geral e Amauri Fragoso da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) para o biênio 2020-2022. A chapa eleita, Unidade para lutar, com 55, 41% dos votos válidos, teve um crescimento de 3,7% em relação a eleição anterior, enquanto que a chapa 2 Renova ANDES com 44,23% dos votos.

Desde Esquerda Diário chamamos ao voto crítico na chapa 1 porque entendemos que no marco desta dinâmica interna do sindicato, o seu estatuto é bastante democrático comparado com as burocracias em geral, já que existem assembleias regulares, delegados de base, e quando em greve existem comandos de greve que dirigem o organismo, as posições dos delegados e representantes da base têm direito de expressão e decisão nacionalmente, além de não praticar a cobrança compulsória do imposto sindical, coisa completamente diferente dos sindicatos cutistas.

A chapa 1, que era atual gestão que foi reeleita, além de vir cumprindo o estatuto, politicamente tem um programa de esquerda, independente e contra as reitorias e do estado, e na carta programa levanta "Fora Bolsonaro e Mourão", e, inclusive, delimita-se do PT fazendo algumas críticas pontuais aos governadores do nordeste, além da defesa da educação pública. Ou seja, existe uma delimitação de classe e um conteúdo político nacional de esquerda. Por estas razões os professores do Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores declaramos nosso apoio crítico a chapa 1, como deixamos claro nesta matéria.

A eleição da Chapa 1 expressa a continuidade da atual gestão do sindicato, construída por uma maioria independente de esquerda e partidos como o PSOL e o PCB, mas que em geral, diferentemente da atual adaptação destes dois partidos ao programa do PT, pela própria lógica de assembleias de base periódicas por setor do sindicato acabam subordinando sua intervenção às decisões dos filiados no sindicato. A chapa triunfante é a expressão de uma corrente heterogênea de professores, mas que foram os que participaram das poderosas greves do sindicato desde 2012, assim como as campanhas unificadas com o conjunto dos servidores públicos federais sem se subordinar politicamente aos governos de Lula, Dilma nem a CUT. A chapa e atual gestão sai fortalecida, com uma margem política maior que há dois anos, mas continua com pouca margem para cometer erros, como foi a posição política em seu momento em relação ao golpe institucional que ainda continua sendo usado e capitalizado pelo petismo e o pelegagem de todas as cores que integram a chapa 2.

Desse modo, o triunfo da chapa 2 teria sido um retrocesso, já que é a expressão no interior do sindicato de uma política que não conseguiu avançar com a criação de um sindicato paralelo, o PROIFES, criado pelo governo Lula desde o Estado para atacar a independência política do sindicato classista, mas fez mesmo derrotada uma significativa eleição, que expressa uma fração da categoria docente que é contra o Bolsonarismo, mas não do regime no seu conjunto e que centralmente encontram entre outras coisas na passividade política do PT uma crítica ao governo, mas que não convida a lutar senão aguardar as eleições de 2022, expressa a própria impotência política do PT, PCdoB, PCO e Consulta Popular.

Para nós, desde Esquerda Diário, o Movimento Nossa Classe e o MRT, além da defesa da autonomia política do sindicato frente ao governo e as reitorias, agora precisamos seguir lutando e defendendo nossas posições nas assembleias de base e espaços do sindicato, como a luta pelo fim da terceirização do trabalho e incorporação imediata sem concurso público, e a frente única operária construída pela base com todas as categorias que se dispuserem a lutar e enfrentar o governo Bolsonaro e seus patrões.




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