Profissionais denunciavam o total descaso que estão submetidos, promovidos tanto pelo governo federal, quanto pelo executivo estadual e municipal.
sábado 9 de maio de 2020 | Edição do dia
Enquanto a crise sanitária avança, os trabalhadores da saúde, que estão na linha de frente do combate, são tratados cada vez mais com descaso pelos governos. Falta de EPI’s é regra, e quando tem, a qualidade é baixa. Testes então nem falar.
A população carioca não tem tratamento melhor. Com leitos de UTI lotados, mais de 300 aguardam na fila. Número esse que seria suprido - ainda que de forma precária - caso os hospitais de campanha prometidos por Witzel já estivessem prontos.
No entanto, dos 8 prometidos para o dia 30 do mês passado, apenas o segundo foi entregue hoje, o do Maracanã. Para a ocasião, o Ministro da Saúde, Nelson Teich resolveu comparecer. Outra parte foi da sua visita foi no Hospital Federal de Bonsucesso, que foi palco de denúncias durante a pandemia.
Frente a isso, os trabalhadores da saúde resolveram "homenageá-lo" no Hospital Federal. O ato foi realizado com cartazes e faixas denunciando a situação tanto que os profissionais estão submetidos, quanto da falta de leitos e respiradores - e mantendo a devida distância de segurança. Concomitantemente também aconteceu um ato virtual, transmitido pela página de youtube do SINTSAÚDERJ.
A situação de calamidade sanitária que temos hoje não caiu do céu, foi fruto de anos de cortes no SUS em distintos governos. Governos que frente à pandemia também não tomaram nenhuma medida real para combatê-la, seja negando a sua gravidade como faz Bolsonaro ou seja através de não fornecendo os meios adequados para combatê-la, como testes massivos e leitos necessários, como fazem Witzel e Crivella.