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Greve | Trabalhadores da saúde (Fhemig) entram em greve em MG contra a sobrecarga de trabalho

Trabalhadoras e trabalhadores da Fundação hospitalar do estado de Minas Gerais (Fhemig) estão em greve contra a sobrecarga de trabalho nos hospitais.

quinta-feira 3 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

A nova onda da pandemia fez o Brasil chegar ao número de 900 mortes por Covid em 24 horas pela 1ª vez desde agosto do ano passado. Uma situação que revela o nível de despreparo dos governos capitalistas que novamente encontram-se totalmente despreparados para lidar com o aumento de casos. Quem tem que pagar a conta mais uma vez são os trabalhadores, que estão sendo obrigados a trabalhar sem testes e cuidados sanitários básicos, em alguns casos até mesmo doentes. Nos hospitais e postos de saúde essa situação é ainda mais dramática, depois de quase 2 anos de pandemia os trabalhadores da saúde estão esgotados devido a sobrecarga de trabalho. Esses são alguns dos motivos que levaram os trabalhadores da Fundação hospitalar do estado de Minas Gerais (Fhemig) entrar em greve.

As pautas das suas reivindicações são a reposição salarial, a incorporação da ajuda de custo, o fim da sobrecarga de trabalho com novo redimensionamento dos funcionários discutido com os trabalhadores, a realização de concurso público para novas contratações e a suspensão da terceirização que pretende substituir os efetivos, a suspensão da perseguição aos trabalhadores que aderiram a paralisação do dia 13 de outubro no Hospital João XXIII, a suspensão da implantação da OS (Organização Social) e a abertura de serviço de urgência no Hospital João Penido em Juiz de Fora, a abertura dos serviços nos Hospitais Alberto Cavalcante e Maria Amélia Lins, a liberação do dirigente sindical conforme direito legal, o início do processo de redução da carga de trabalho com redução salarial de forma opcional e a mudança do horário do trabalho apenas com a concordância do trabalhador.

Os trabalhadores também denunciam a chantagem do governador Romeu Zema, que condiciona o aumento dos seus salários à aprovação do regime de recuperação fiscal no estado, um regime que significa na verdade grandes ataques contra os direitos conquistados dos trabalhadores.

Segundo Maria Elisa, estudante da UFMG:

"Nós do Esquerda Diário colocamos nosso portal e nossas forças à disposição da luta das e dos trabalhadores da Fhemig, uma luta que acompanhamos desde muito tempo e sabemos como na pandemia as condições de trabalho ficaram ainda piores. Como se não bastasse o desprezo do governo negacionista de Bolsonaro e Mourão, ou as chantagens de Romeu Zema, esses trabalhadores também precisam se enfrentar com a demagogia de políticos com Kalil, prefeito de BH que também governa para os patrões e nunca deu as condições necessárias para os trabalhadores da saúde. As demonstrações com a que vi hoje, desses trabalhadores se somando à luta por justiça para Moïse, uma vítima do racismo e da xenofobia, mas também da precarização do trabalho são um grande exemplo da potência que tem a unidade da nossa classe. A força da organização dos trabalhadores é o que pode não só arrancar cada uma das demandas dessa greve, mas também impor aos governos e patrões a diminuição das horas de trabalho sem redução salarial e com mais contratações, e apontar um caminho contra a precarização do trabalho que arrancou a vida de Moïse e que todos os dias mutila e adoece tantas trabalhadoras da saúde e de outras categorias. As e os trabalhadores da Fhemig podem ter certeza que nós da juventude Faísca estaremos lado a lado deles em cada uma das suas lutas".




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