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ABAIXO AS DEMISSÕES | Trabalhadores da Unilever de Vinhedo/SP mantém greve contra 130 demissões e terceirização

sexta-feira 6 de outubro de 2017 | Edição do dia

Imagem: Trabalhadores durante assembleia na Unilever em 02/10

No último dia 22 de setembro, a empresa anunciou a demissão de cerca de 130 funcionários com a terceirização de todo o setor de logística, parte do setor de processos e a demissão de trabalhadores também de outros setores, como parte de uma reestruturação da empresa para aumentar seus lucros.

Em resposta à medida absurda, os trabalhadores reunidos em assembleia, entraram em greve no dia 29 de setembro. De acordo com o Sindicato dos Químicos da cidade, cerca de 450 trabalhadores estão em greve. Estes denunciam que a medida visa rebaixar os salários e retirar direitos para manter os lucros da empresa às custas dos trabalhadores e de suas famílias.

A empresa ainda intimida os trabalhadores grevistas através das chefias. Acusou o sindicato de impedir a entrada dos trabalhadores, e orientou os motoristas dos ônibus da empresa a impedir o acesso do sindicato, tentando impedir o direito de greve frente a uma atitude bastante anti-sindical. Essa não é uma prática nova para os patrões e nem para essa empresa, já que há alguns anos atrás foi processada pelo Ministério Público do Trabalho e teve que se comprometer a respeitar o direito de greve sob pena de multa.

Com base na “estratégia de melhoria da eficiência no processo produtivo” e de “manter a fábrica de Vinhedo competitiva” por meio de “ganho de eficiência” na produção, conforme alega a própria empresa, centenas de trabalhadores já foram demitidos nos últimos anos nesta planta. É com base em demissões, contratação precária e retirada de direitos que a empresa busca avançar em sua produtividade e lucros. Enquanto o suor sai dos trabalhadores com aumento da exploração dos trabalhadores e demissões, a multinacional anuncia o aumento de seu lucro líquido em 23,8% no primeiro semestre deste ano de 2017, segundo a revista Valor.

Esses ataques tendem a aumentar ainda mais com a implementação da reforma trabalhista e a terceirização irrestrita aprovadas pelo governo golpista de Temer, que passaram sem um plano de luta sério por parte das centrais sindicais para barrar estes ataques contra os trabalhadores. Os capitalistas tentam avançar na exploração dos trabalhadores e os trata como descartáveis. É fundamental retomar a luta contra a retirada de direitos e contra as demissões, organizando uma luta ativa contra os patrões e o governo que querem trabalhadores jogar a crise nas costas dos trabalhadores com demissões enquanto mantém seus lucros milionários. Pela imediata reintegração de todos os demitidos já!

O Esquerda Diário deixa sua solidariedade aos trabalhadores da Unilever e deixa seu portal e página do Facebook à disposição para denúncias, fotos, vídeos e notícias sobre a greve.

Imagem: Sindicato dos Químicos de Vinhedo




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