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Greve operária | Trabalhadores da GM em São Caetano do Sul entram em greve

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul anunciou a decisão da greve que foi ratificada nesta sexta (1) em assembleia. A greve já estava aprovada desde a última quarta-feira (29), por tempo indeterminado. Confira a nota na íntegra abaixo.

sexta-feira 1º de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Centenas de trabalhadores, reunidos em assembleia, decidiram cruzar os braços nessa sexta-feira (1) contra a proposta da patronal. Em meio à enorme crise econômica, que vem afetando os metalúrgicos de todo o país, resistência operária aponta o caminho contra os ajustes.

Saiba mais sobre a situação da indústria automobilística e os ataques que a patronal está descarregando sobre os trabalhadores para manter seus lucros: PDVs, lay-offs e suspensão da produção: montadoras seguem ataques aos trabalhadores

A política econômica do governo Bolsonaro, junto do Congresso Nacional, STF e governadores, vem aprofundando a enorme crise. Com desemprego alto, inflação cavalar, miséria crescente e um trator de retirada de direitos, é preciso organizar a classe trabalhadora para resistir aos ataques. Essa greve pode ser um ponto de apoio para apontar um caminho de resistência. É preciso cercar a greve de solidariedade e exigir que os sindicatos e as centrais sindicais organizem um plano de lutas para fortalecê-la e uni-la a outros processos de luta em curso.

Confira a nota

TRABALHADORES DA GM DE SÃO CAETANO DO SUL ENTRAM EM GREVE NESTA SEXTA-FEIRA

Em assembleia realizada hoje, 1/10, os trabalhadores da General Motors (Chevrolet) São Caetano do Sul/SP ratificaram decisão aprovada na quarta-feira, 29/9, de paralisar suas atividades em rejeição à contraproposta salarial da GM São Caetano do Sul e decidiram entrar em greve por prazo indeterminado. A razão da paralisação é a recusa da empresa em não querer apresentar uma proposta significativa que atenda as reivindicações dos trabalhadores.

A contraproposta apresentada pela empresa visa a reposição integral da inflação a ser aplicada aos salários em 1º de fevereiro/2022, mais 50% do INPC do período, com aplicação em fevereiro de 2023, vale-alimentação de R$ 350,00 a empregados com salários até R$ 4.429,00, e a sua implementação em fevereiro de 2022, e abono de R$ 1 mil a ser pago em outubro de 2021.

O presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, reafirmou a decisão tomada na última quarta-feira pelos trabalhadores de hoje cruzarem os braços até que uma nova contraproposta seja apresentada pela direção da General Motors. “Não nos restou outra alternativa senão paralisarmos as atividades da empresa, pois a contraposta feita na mesa de negociação está aquém do que estamos reivindicando”, afirmou Cidão.

Em termos econômicos os trabalhadores da GM São Caetano do Sul reivindicam os seguintes itens: reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses; aumento real de 5%; Piso Salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021; vale-alimentação no valor de R$ 1 mil para os trabalhadores inseridos na grade nova e de R$ 500,00 para os demais; Participação nos Resultados (PR) no valor de R$ 18.000,00 com antecipação de R$ 10.000,00; adiantamento da metade do 13º Salário/2022 para fevereiro de 2022. Inclusão de cláusula sobre home office; pagamento de quinquênio de 5%; retorno do reajuste da grade salarial a cada 6 meses e cesta de Natal.

Além disso, reivindicam a manutenção das cláusulas sociais que constam do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), particularmente a Clausula 42, que assegura estabilidade no emprego ao trabalhador portador de doenças ocupacionais e data-base em setembro.

Ressalte-se que a greve na GM foi decretada após 7 longas rodadas de negociação entre o sindicato e a direção da empresa.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato.




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