Neste sábado (6) de março, no Morro dos Macacos na zona norte do Rio de Janeiro, a polícia militar, como de costume, entrou na favela e deixou um corpo de trabalhador no chão. Valmir Pereira Cândido, de 42 anos, montador de andaimes da REDUC foi um das cinco vítimas na operação policial que ocorreu nesse sábado.
terça-feira 9 de março de 2021 | Edição do dia
Foto: Sindipetro
Poderia ser mais um dia de folga comum, como de qualquer trabalhador assalariado no Rio de Janeiro, mas diante da violência do Estado representado pela instituição policial, o dia de Valmir Pereira Cândido, foi marcado pela violência racista e assassina da instituição policial.
Enquanto aproveitava seu dia de folga para organizar os preparativos da festa de 15 anos de sua filha, Valmir P. Cândido, foi friamente assassinado pela polícia, segundo informações de familiares e testemunhas, ele foi rendido e executado. Valmir, morreu sem chances de defender sua própria vida, a polícia mais uma vez deixa sua marca racista e assassina registrada em mais uma família que tem seu ente querido vítima da violência policial.
Enquanto os moradores de favelas e bairros pobres sofrem com a ausência de moradia de qualidade, educação e saúde pública a serviço dos trabalhadores o Estado mantém seus aparatos repressivos presentes em milhares e milhares de favelas no Rio de Janeiro e no Brasil. Segundo informações do Laboratório de Dados sobre violência armada fogo cruzado, essa operação que assassinou Valmir, foi a segunda operação mais violenta do ano de 2021, antes dessa, a primeira mais violenta foi uma operação no Morro da Caixa D’Água, que em menos de 24 horas a polícia assassinou dez pessoas.
A violência policial é a expressão mais violenta e cruel do sistema capitalista, onde os seus principais alvos são os negros e pobres da classe trabalhadora. Lamentavelmente isso é resultado do racismo estrutural que cotidianamente assassina os negros e pobres pelas mãos da instituição policial. Nós do esquerda diário, prestamos toda solidariedade à família de Valmir, trabalhador negro da Petrobrás que teve sua vida marcada pela violência racista e assassina da polícia militar.
Basta de racismo e mortes pelas mãos da polícia! É preciso lutar pelo fim dessa instituição cuja única função é reprimir e matar trabalhadores enquanto defende os lucros e propriedades dos capitalistas.
