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Juventude | 29 de Maio

Nesse momento de extrema precarização dos estudantes, cortes nas universidades federais, que se desdobram em corte de bolsas e de assistência estudantil, falta de pagamento para os trabalhadores, atraso de salário para terceirizadas e paralisação de pesquisas, é essencial que construamos um ato massivo e em unidade com os trabalhadores.

Gabriela MuellerEstudante de História da UFRGS

quarta-feira 26 de maio de 2021 | Edição do dia

A CUT e a UNE, no entanto, ambas dirigidas pelo PT, chamaram dois atos separados. Um ato chamado pela CUT, no dia 26, por vacina e outro, chamado pela UNE, no dia 29, contra os cortes na educação e contra o governo Bolsonaro. Isso é extremamente negativo para ambas as lutas porque dilui e separa as foroças que seriam muito mais potentes juntas, porque, na verdade, são parte de uma só luta. Essa luta é contra todo o projeto privatista do governo Bolsonaro e contra todo o regime do golpe que avançou com os ataques aos trabalhadores e aos estudantes.

Na UFRGS, o interventor Bulhões serve como aplicador dos ajustes de Bolsonaro e do regime do golpe aos estudantes e trabalhadores, deixando de homologar bolsas e implementando, a nível local, o projeto de país que Bolsonaro e os capitalistas impõem para a população. Pra isso, querem expulsar da universidade os filhos da classe trabalhadora, os negros e negras e todos os cotistas que furaram o filtro social do vestibular. Querem também que os trabalhadores, terceirizados e efetivos, dentro e fora da universidade, paguem a crise com as suas vidas, morrendo de fome ou de covid.

Por isso, a batalha contra esse absurdo só pode se dar nas ruas e com a unidade entre estudantes e trabalhadores. Esse dia 29 pode servir para reerguer o movimento estudantil que encontra sérias dificuldades de mobilização devido à letargia proposital da UNE que durante a pandemia pouco agitou os estudantes.

Também o DCE da UFRGS, composto pelo PSOL (MES, Resistência e Alicerce), PCB e UP (Correnteza) poderia estar dando um forte exemplo de mobilização da universidade, exigindo da UNE e das burocracias sindicais que unifiquem os atos e que construa um dia 29 desde as bases. No entanto, o DCE se limitou a chamar assembleias separadas em cada campus, fragmentado e enfraquecendo a mobilização.

Nesse sentido, para construir um forte 29M, com o intuito de reerguer o movimento estudantil, que pode ser explosivo ao lado dos trabalhadores, é essencial que os estudantes da UFRGS levem para as ruas seu total repúdio contra todo esse regime golpista de miséria, colocando-se contra o interventor Bulhões, contra o Bolsonaro e todo esse regime golpista e seus atores.




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