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CORREIO POPULAR | Todo apoio aos trabalhadores do correio popular em greve!

Jornalistas do Correio Popular em Campinas (SP) entram em greve após mais de 20 meses de atrasos nos salários e sofrem ameaça de demissão.

quinta-feira 21 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Os jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que é responsável pelo jornal Correio Popular em Campinas (SP), entraram em greve na última segunda (18), após anos de salários atrasados.

Há cerca de um ano e oito meses, os trabalhadores firmaram um acordo judicial com a empresa que previa que os salários seriam pagos em quatro parcelas, uma em cada semana do mês. Entretanto, o acordo era violado pela empresa, que pagava apenas duas parcelas, ou seja, meio salário mensalmente.

Em 2019 os jornalistas passaram a receber um oitavo do salário por semana, e em alguns meses chagavam a receber apenas uma parcela do pagamento ao mês. Para alguns, isso significava menos de 500 reais mensais.

A categoria votou por greve a partir de segunda-feira (18), mas foi surpreendida por um aviso da empresa no último domingo (17), que informava aos trabalhadores que a gestão da empresa passaria ao empresário Ítalo Barioni, especialista em recuperação econômica de empresas.

Com a nova gestão, também foi anunciada uma nova equipe de jornalistas, todos contratados via pessoa jurídica (PJ), e com salários reduzidos. Apesar de Ítalo Barioni assumir a frente da empresa, os donos se mantêm os mesmos que atrasaram mais de 20 meses de salários.

A proposta da empresa ao sindicato é para que todos os trabalhadores saiam em greve e sejam demitidos ao final dos 30 dias, sem os salários atrasados. A nova gestão também propôs de colocar um dos prédios do jornal em leilão judicial.

São cerca de 30 trabalhadores que serão demitidos em um contexto de crise econômica e social profunda, com o número de desemprego cada vez maior. Com a pandemia, o governo Bolsonaro aproveita para atacar ainda mais os desempregados, atrasando o INSS e acabando com as parcelas do auxílio emergencial. Em São Paulo, João Doria, que trava oposição ao Bolsonaro, não é tampouco uma saída a esses trabalhadores: com um histórico comum aos tucanos de ataques aos direitos trabalhistas, exemplo dado recentemente com sua defesa acirrada à reforma da previdência.

Nós do Esquerda Diário prestamos total solidariedade aos jornalistas em greve, pelo cumprimento dos direitos dos trabalhadores e por nenhuma demissão!




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