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Perseguição de Doria a professores | Toda solidariedade a Alex e Viviane, professores perseguidos por lutarem contra o PEI de Dória

Toda solidariedade ao professor Alex Viana, a professora Viviane Pereira e aos demais profissionais da Educação que vem sofrendo perseguição política por parte do Governo Dória.

Emilly VitoriaEstudante de ciências sociais na UFRN e Militante da Faísca Revolucionária

sábado 11 de setembro de 2021 | Edição do dia

O professor de Sociologia e História Alex Viana está sendo processado por participar de um processo de mobilizações na Escola Sophia Maria, na cidade de Itapecerica da Serra, em conjunto com outros professores, estudantes e familiares contra a implementação completamente antidemocrática, autoritária e reacionária que é o Programa Escola Integral (PEI).

Esse ano, o Governo Dória anunciou o aumento de mais de 778 escolas da rede estadual de São Paulo no programa, intensificando ainda mais o projeto e a política de precarização do ensino e da exclusão escolar. O Programa de Ensino Integral imposto por Dória e Rossieli, que também é parte do projeto de Reforma do Ensino Médio que iniciou-se com o regime do golpe e agora aprofunda-se ainda mais no Governo Bolsonaro e também nos governos locais, responsáveis pelo aumento do desmonte da educação pública, é parte de um conjunto de ataques direcionados contra a classe trabalhadora e a juventude. Ataques que servem para o aprofundamento da precarização da formação escolar dos estudantes e das condições de trabalho dos professores e demais profissionais da educação, bem como aumenta o nível de evasão escolar, visto que exclui os estudantes que além de estudar, precisam trabalhar.

Os profissionais que se impuseram fortemente contra a efetivação do PEI, estão sofrendo perseguição política e sendo atacados por processos administrativos. Na Escola Sophia Maria, os estudantes e professores foram ameaçados pela direção que falou em chamar a polícia. Qualquer tentativa de diálogo foi impossibilitada pela burocracia das escolas, que não permitiu nem que os estudantes, pais e professores participassem do Conselho de Escola.

Diante desse cenário reacionário, vem acontecendo um aumento cada vez maior dos casos de professores que estão sendo perseguidos politicamente por meio de leis e medidas que são heranças diretas da Ditadura, por se mobilizarem contra medidas autoritárias como o PEI, contra o negacionismo e demagogia por parte do Governo Bolsonaro e em São Paulo, por parte do Governo Dória e até mesmo por promoverem debates acerca de temas como racismo e LGBTfobia, como é o caso de Viviane Pereira, professora da escola Nigro Gava em Taboão da Serra, que também está sendo processada por desenvolver projetos de conscientização contra o racismo na escola.

Essas perseguições e medidas autoritárias tem como objetivo impedir a auto organização dos profissionais da educação enquanto classe que luta contra a precarização do ensino e de suas condições de trabalho, bem como os impede de suscitar debates que desenvolvam o pensamento crítico dos estudantes.

A APEOESP, sindicato dos professores do Estado de São Paulo, deveria estar organizando a categoria para se enfrentar com todos esses ataques. Mas o que acontece é que o sindicato segue paralisado, a serviço da política eleitoral de Lula e do PT, esperando passivamente pelas eleições de 2022, deixando passar sem luta perseguições como essas ao apenas negociar com o governo.

É por isso que reivindicamos a retirada de todos os processos administrativos, bem como reafirmamos que é somente com a força do conjunto da classe trabalhadora com a juventude que poderemos barrar e revogar todos esses ataques, como a PEI e o desmonte público da educação. Apenas com os nossos métodos de luta e organização da nossa classe poderemos impor uma saída alternativa a situação política, econômica e social do país, onde os capitalistas paguem pela crise!




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