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REFORMA TRABALHISTA: PRECARIZAÇÃO | Terceirizados nas escolas de Caxias do Sul sofrerão corte de salário

Os terceirizados nas escolas municipais de Caxias do sul se deparam com uma realidade absurda. São obrigados a prestar atendimento para mais de uma criança por vez, a realizar atividades educativas e auxiliar em outras tarefas nas escolas. Muitos recebem menos do que um salário mínimo, sofrem com descontos abusivos e não recebem auxílio alimentação. Não possuem carteira assinada e/ou garantia de estabilidade e possuem a incerteza de que continuarão em atividade ou de que a empresa possa ser substituída a qualquer momento.

quarta-feira 29 de agosto de 2018 | Edição do dia

Os cuidadores/monitores das escolas municipais de Caxias do Sul, no RS, são contratados pela prefeitura através da empresa terceirizada TopSul Serviços Temporários. A categoria é responsável por auxiliar crianças com deficiência que apresentem dependência, no ambiente escolar no que diz respeito a locomoção, alimentação e higiene.

Numa situação em que se deveria estar sendo discutida a adesão da periculosidade (pois as escolas estão localizadas nas regiões de periferia, e algumas das crianças são violentas por consequência das seus transtornos) e de uma formação adequada e regulamentada para os trabalhadores conseguirem atender de fato às necessidades das crianças, a TopSul informa via WhatsApp que deixará de pagar a insalubridade a partir de 1º de setembro, afirmando que as atividades desenvolvidas não se adequam à lei.

A medida foi aprovada pelo SEMAPI, sindicato filiado à CUT, sem participação ou discussão alguma com a categoria. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) tem um histórico impecável em trair as pautas de reivindicação e desmobilizar diversas categorias que tentaram superar as burocracias sindicais. Como o caso da greve geral de 30 de junho do ano passado, que tentava barrar a reforma trabalhista e da previdência.

Por todo o país os patrões tentam aplicar a reforma trabalhista, mas não sem resistência. E os sindicatos burocratizados da CUT, CTB e outras centrais estão paralisados. O trabalhador conta apenas com suas próprias forças para resistir à precarização, por isso precisa se organizar e exigir dessas centrais e dos seus sindicatos um posicionamento mais duro.

Na sua página oficial, o sindicato denuncia os deputados que votaram a favor da reforma trabalhista. Porém, na sua prática política cotidiana faz acordões com os patrões e retira os míseros direitos dos terceirizados e os coloca em uma situação de fome e precariedade. Rasga a CLT e impõe condições de trabalhos brutais. É preciso lutar por nenhum direito a menos! Pela revogação imediata da reforma trabalhista e pela efetivação de todos os terceirizados!

O Esquerda Diário se coloca a disposição dos trabalhadores terceirizados de Caxias do Sul para ser um amplificador da voz desses trabalhadores.




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