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GOVERNO TEMER | Temer nomeia Aloysio Nunes para vender o Brasil

Foi anunciado para a vaga do Ministério das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes, conhecido por ter feito o projeto que acaba com o regime de partilha do pré-sal, permitindo a venda do petróleo brasileiro para as grandes petroleiras.

quinta-feira 2 de março de 2017 | Edição do dia

O porta-voz do Planalto, Alexandre Parola, confirmou há pouco o nome do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para assumir o Ministério das Relações Exteriores, em substituição ao também senador tucano José Serra que pediu demissão na semana passada alegando problemas de saúde. Sua posse será na próxima terça-feira, às 15h30, na mesma cerimônia em que o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) assumirá o Ministério da Justiça e Segurança Pública, no lugar de Alexandre de Moraes, que foi para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador é autor do projeto que acaba com o regime de partilha do pré-sal, abrindo a possibilidade de concessão para empresas privadas. Alegava que a Petrobrás estava em crise e não era lucrativo para o governo manter a extração e vender barris. Entretanto, a ferocidade com que os campos do pré-sal são disputados pelas gigantes petroleiras do mundo, mostra a verdadeira face dessa nomeação, coloca um nome com conhecimento no campo da privatização, que colocará na ordem do dia a venda do Brasil.

Parte de seu "curriculo" prova seu amplo conhecimento em vender o patrimônio público, entregando para grande empresas imperialistas. Foi "citado nas investigações da fraude de licitações para a malha metroviária de SP, o “propinoduto tucano”. Um email em posse da Polícia Federal mostra que Jorge Fagali Neto, apontado como lobista da multinacional francesa Alstom e intermediador de propinas do cartel de trens, sugeriu ao senador o aditamento de US$ 95 milhões a um contrato assinado com o Banco Mundial".

Temer ainda rasgou elogios a Aloysio Nunes, dizendo que é um "homem público de larga experiência política, seja no Legislativo, seja no Executivo". Entretanto, nada falou dos fatos escandalosos envolvendo Aloysio, como quando chamou a polícia dentro do Senado e chamou os movimentos sociais de "fascistoides".

Demonstrando total confiança na nomeação, Temer preenche mais uma vaga com um político do PSDB. Ampliando o alcance da influência tucana dentro de sua base de governo, terá que lidar com atritos internos de seu partido, que questionam o avanço tucano dentro do governo. Entretanto, os passos dados por Temer vão no caminho de garantir uma base que garanta o quanto antes a aprovação de ataques vitais para os capitalistas, como a reforma da previdência.

Com essa nomeação, fica aberta a vaga de líder do governo no Senado, atualmente ocupada por Aloysio. Para o posto, o presidente Michel Temer pretende nomear um peemedebista para ajudar na acomodação política, já que o seu partido tem se queixado da perda de espaço para os tucanos.

Esta decisão, no entanto, poderá ficar para a semana que vem uma vez que uma das possibilidades cogitadas por Temer é de puxar Romero Jucá, que está na liderança do governo no Congresso, para a liderança no Senado, abrindo esta vaga, então, para o PMDB.

Com informações de Agência Estado




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