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Temer mantém roubo com gasolina cara e faz de tudo para privatizar a Petrobras

A mesa de negociação chamada ontem pelo Governo propunha aumentar os subsídios dos empresários do transporte, ou seja, tirar de nossos bolsos e dos serviços básicos para população mais dinheiro para reverter aos patrões. O principal objetivo de Temer é pintar uma Petrobrás ainda mais atrativa para privatizá-la, entregando de bandeja as riquezas do petróleo ao Imperialismo. Como nós trabalhadores podemos lutar contra isso?

Grazieli RodriguesProfessora da rede municipal de São Paulo

sexta-feira 25 de maio de 2018 | Edição do dia

Ontem à noite o governo de Michel Temer (PMDB), representado pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria do Governo), Eduardo Gardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Tarnsportes), se reuniu com as entidades representantes das empresas do transporte apresentando um acordo para suspensão da paralisação dos caminhoneiros que há quatro dias vem realizando bloqueios nas rodovias de todo país. No entanto a proposta do Governo previa nada mais, nada menos que novamente jogar nas costas da população uma dívida que não fomos nós que criamos em troca de mais isenção de impostos aos empresários do transporte.

A mobilização dos caminhoneiros que poderia verdadeiramente levantar pautas da precarizada categoria, além de incorporar demandas de toda a população pedindo a diminuição do valor de combustíveis necessários aos trabalhadores, como o a gasolina e o gás de cozinha, foram diretamente ignorados, não pelos caminheiros, que são parte da classe trabalhadora, mas pelas direções burocráticas e patronal do movimento. Como anunciamos em nota aqui, entre as medidas anunciadas estão zerar o CIDE (imposto cobrado que vai para melhorias no transporte em geral, como estradas, ruas e semáforos) e uma possível redução do PIS/Cofins (imposto revertido principalmente para questões de seguridade social, como aposentadoria e saúde), tornando a Petrobras ainda mais atrativa à privatização, um dos principais objetivos de Temer. Já que parte do acordo seria diretamente ressarcir a petroleira de cada aumento do DIESEL que não puder ser realizado, sem obrigá-la a deixar de aumentar o valor do petróleo de acordo os preços internacionais, enquanto quem paga a diferença é o governo, ou seja, o roubo sai direto de nossos bolsos.

Para tirar das mãos dos patrões a condução dessa mobilização é necessário que se ergam pela voz dos trabalhadores a demanda de estatização da Petrobras sob controle e administração dos trabalhadores e da população, tornando está uma das pauta da luta já que as riquezas do petróleo devem servir ao povo e não aos empresários e ao imperialismo como quer fazer Temer, assim como a diminuição dos preços de todos os combustíveis, não só do DIESEL, mas também do gás de cozinha e da gasolina necessários a toda população.

Uma mudança como essa que propomos no curso da mobilização só é possível com os caminhoneiros se organizando em assembleias, que decidam os rumos da luta e tirem das mãos das burocracias corruptas a direção do movimento, para atacar diretamente os lucros dos empresários e não retirar ainda mais direitos da população. Além disso é preciso que a CUT e CTB rompam com sua paralisia, colocando toda sua estrutura para levantar uma luta que tenha no seu centro as demandas da nossa classe, começando pelos petroleiros que já votaram greve, chamando solidariedade ativa das categorias onde estão e ligando essa luta às greves já em curso nos sindicatos que dirigem. Só assim é possível colocar de fato a classe trabalhadora em cena, questionando até o final não só os interesses patronais defendidos pelo governo, como vem se desenhado nas negociações, como também a total submissão aos interesses imperialistas, enquanto saqueia o bolso de nós trabalhadores, dia após o dia e ano após ano, para pagar uma dívida que não fomos nós que criamos.




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