O relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-CE), afirmou nesta segunda-feira, 26, em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a proposta deve ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa por 16 votos a 10.
segunda-feira 26 de junho de 2017 | Edição do dia
A Comissão deve apreciar na próxima quarta-feira o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que confirma o parecer feito por Ferraço ao projeto e que deve ser encaminhado para o plenário.
Após derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na semana passada, Ferraço disse que a eventual denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), a ser apreciada pela Câmara, deve respingar no Senado e "atrapalhar tudo", mas que os líderes da base vão trabalhar para aprovar a reforma trabalhista no plenário.
O relator disse que o texto deve ser aprovado no plenário com uma "votação muito sólida" até o dia 4 ou 5 de julho. Ele considera, no entanto, que a situação do governo está se deteriorando e pode atrapalhar a tramitação. "A situação do presidente se deteriora com muita velocidade", afirmou o senador "Mas vamos trabalhar para (a situação) não atrapalhar (a reforma trabalhista)", destacou.
Apesar da divisão entre os setores da burguesia, uma coisa une a todos: querem a todo custo enfiar as reformas goela abaixo dos trabalhadores e do povo.
É justamente por isso que se coloca como urgente a tarefa de construir a greve geral chamada para esta sexta-feira, dia 30.
Apesar do corpo mole das burocracias sindicais, o chamado em unidade de Greve Geral continua de pé, mas ao contrário do que estão fazendo, precisamos nós tomar a construção desta greve nas nossas próprias mãos, pois sabemos que se deixarmos a cargo deles a efetivação deste importante dia de luta isso não acontecerá efetivamente.
É por isso que nós do Esquerda Diário e do MRT estamos colocando todos os nossos esforços na construção desta greve geral, para que ela seja como foi ou ainda maior que a do dia 28 de abril, e consiga barrar tanto a Reforma trabalhista como a Reforma da Previdência, acabar com o projeto da terceirização irrestrita e revogar todas as medidas antipopulares do governo Temer, e que acabe também por derrubar este governo que já bate recordes de rejeição em anos no país. Chamamos a todos e todas a se incorporar conosco nesta campanha para que tomemos a construção desta greve geral nas nossas mãos.