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PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS | Temer faz contrato milionário com agência de imprensa para falar mal da Eletrobras

O Governo de Michel Temer paga, através de recurso da própria Eletrobras, mais de 3 milhões de reais para maior agência de assessoria de imprensa do país falar mal da própria Eletrobras. Tendo em vista prejudicar a imagem da empresa e pode dá continuidade a privatização da estatal.

terça-feira 19 de junho de 2018 | Edição do dia

O governo Michel Temer contratou uma agência de imprensa, através da Eletrobrás, para falar mal da própria Eletrobras. O objetivo é prejudicar a imagem da empresa, pavimento o caminho para a privatização. Para convencer a população que a Eletrobras deveria ser privatizada o governo golpista irá gastar quase 3 milhões e meio de reais para influenciar a opinião pública, através de matérias de jornais, materiais de internet, entre outros recursos. O documento que firma essa acordo pode ser acessado aqui.

Semana passada alguns veículos de mídia noticiaram essa denúncia no valor de 2 mil reais. No entanto esse valor foi atualizado com novas partes do contrato que vieram a público. No contrato é colocado que os pagamentos entre contratante e contratada serão feitos quando da “entrega dos relatórios mensais elaborados pela contratada correspondentes à consolidação dos resultados alcançados”. Quando requerido o acesso aos relatórios através de novo pedido de Lei de Acesso à Informação, a reportagem recebeu resposta negativa, já que, como apontado, “vale ressaltar que a divulgação de informações acerca do Contrato com a RP é tão sensível que pode trazer prejuízos ao denominado processo de democratização”.

Desde o golpe institucional, quando em 12 de maio de 2016, Michel Temer assumiu de forma interina a presidência do país, é visto que a privatização da Eletrobras é uma das prioridades do plano de ataques do governo, que já editou três Medidas Provisórias (MP) para poder tornar possível a venda da empresa estatal de energia.

Inclusive, no dia de ontem, 24 de abril, Temer fez uma reunião no Palácio da Alvorada a fim de concretizar a aprovação das medidas provisórias paralisadas, apresentando como pauta prioritária a privatização da estatal Eletrobras, como já apontamos nesse texto: Temer reúne líderes para agilizar privatização da Eletrobras.

Na propaganda pela privatização da Eletrobrás, o governo divulga o valor de R$ 12,2 bilhões que deve ser alcançado no processo de “democratização do capital”. Entretanto, já se foi avaliado e o valor patrimonial da estatal é de pelo menos R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa chega a R$ 170,5 bilhões.

A Eletrobras é patrimônio público do país, sendo uma das maiores produtoras de energia do Brasil. A privatização da Eletrobras é a antessala de outros planos desta ordem. O contrato divulgado, os valores analisados e a política da direita, nada mais demonstram do que a prioridade em manter, garantir e aumentar os lucros dos empresários. E é sabido que com a entrega da empresa estatal ao capital privado, quem pagará pelo aumento das tarifas, piora e precarização dos serviços e pelo lucro dos capitalistas serão os milhões de trabalhadores do país.




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