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MAIS DINHEIRO PARA REPRESSÃO | Temer aumenta gastos militares mas saúde e educação seguem congeladas

Para o governo golpista, a resposta à crise econômica é uma combinação entre congelar o orçamento da saúde e educação enquanto aumenta investimentos militares, garantindo repressão para passar ainda mais ataques.

segunda-feira 13 de março de 2017 | Edição do dia

Em 2016, início do "mandato" golpista de Temer, os gastos com o dinheiro público que vai para os militares aumentaram 36% em relação à 2015, ultrapassando o teto previsto de mais de R$8 bilhões. A previsão para 2017 é aumentar ainda mais, chegando a quase R$10 bi investido nas forças militares. Vale apontar que parte desse orçamento foi investido na construção milionária de um estaleiro, projeto da Odebrecht, que hoje consta na lista de investigações por corrupção.

Já a educação, recebeu apenas R$5,7 bi em 2015 e também em 2016, quase R$8 bi abaixo do previsto, e com a PEC que congelou os gastos de saúde e educação pelos próximos 20 anos, a tendência é esse valor se manter em 2017 ou até mesmo diminuir. Todos esses dados orçamentários podem ser lidos no sistema Siga Brasil, do Senado.

Para nós, parece uma inversão de prioridades com nosso dinheiro, mas para os golpistas é parte de sua busca por apoio para governar. Não o apoio dos trabalhadores, da população, da juventude, mas sim dos setores mais reacionários da sociedade. É como se, cada vez que fecha uma sala de aula, Temer garanta mais um tanque de guerra aos militares para reprimir nossos protestos, cada vez que fecha um leito de hospital, abre uma vaga numa cela para encarcerar a juventude.

Com o investimento na militarização, além do apoio dos militares para seu governo, o golpista Temer ganha mais força para reprimir os jovens e trabalhadores que estão indignados com medidas como a Reforma da Previdência e Trabalhista. Como vimos na atuação do exército contra a resistência dos trabalhadores no Rio de Janeiro que está passando por um duro pacote de ataques.

Nós do Esquerda Diário, chamamos todos os jovens e trabalhadores a se organizarem e mobilizarem para resistir em cada escola, em cada fábrica, exigindo das entidades sindicais um verdadeiro plano de lutas contra os ataques que o governo vai tentar passar sob as botas dos militares, assim como fez Alckmin na USP, espancando professoras para votar a "PEC do fim da USP", que vai tornar a universidade ainda mais elitista e precarizada.




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