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PORTO ALEGRE | Técnica de enfermagem com problemas respiratórios não é liberada e morre por COVID em Porto Alegre

Redação Rio Grande do SulRedação Rio Grande do Sul

quarta-feira 8 de abril de 2020 | Edição do dia

A terça-feira (7) acaba com uma triste notícia em Porto Alegre: uma técnica em enfermagem do Grupo Hospitalar Conceição morre por decorrência do coronavírus. Ela tinha 44 anos, histórico de doenças respiratórias e não foi liberada do trabalho durante a pandemia. Estava na UTI do hospital desde o dia 2/04 e não sobreviveu. A informação foi publicada na página da prefeitura e várias colegas da vítima denunciam a política do hospital de não liberar trabalhadores grupos de risco, como era o caso da técnica de enfermagem. É preciso denunciar essa situação e exigir que todos os trabalhadores do hospital que façam parte do grupo de risco sejam liberados e com remuneração, bem como haja mais contratações para a demanda e garantia de EPI’s adequados.

Não se trata de uma “gripezinha”, como mostra mais esse caso. Da mesma forma esse caso expõe a política criminosa do governo federal em não liberar os trabalhadores da saúde que possuem históricos de diabetes, problemas cardíacos ou respiratórios, como asma e bronquite. O hospital é uma empresa pública, de administração federal, vinculada ao Ministério da Saúde. A política do hospital segue, portanto, as orientações do governo Bolsonaro e do Ministro Mandetta, ainda que tanto a prefeitura de Porto Alegre quanto o governo do estado do Rio Grande do Sul vem seguindo a mesma política do ministro.

Veja abaixo algumas denúncias feitas por colegas:

A política do governo federal e do Ministério da Saúde vem sendo criminosa. Não estão garantindo testes para toda a população, sequer para os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Casos como esses escancaram ainda mais o problema. Na medida em que há poucos trabalhadores para dar conta da demanda, o afastamento de uma trabalhadora iria defasar o já defasado quadro de funcionários. Ou precarizaria o serviço, ou exigiria um custo extra para contratar mais pessoal. Mas o governo federal quer investir em saúde nem nesse momento em que estamos vivendo, com a pandemia fazendo vítimas às centenas por todo o país. Ao mesmo tempo seguem os descasos com relação aos equipamentos de proteção individual dos trabalhadores da saúde, a ausência de testes massivos, etc. É preciso denunciar tudo isso e os trabalhadores darem uma saída para impedir que mais vítimas ocorram em Porto Alegre e no país.




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