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EDUCAÇÃO | Suspensão do programa Brasil alfabetizado pelo governo Temer

O governo brasileiro, pela via do ministro da educação e cultura Mendonça Filho do governo golpista de Temer interrompeu o programa que ensina jovens e adultos a ler e escrever.

segunda-feira 29 de agosto de 2016 | Edição do dia

13 milhões no país não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais. População que era público do programa Brasil Alfabetizado que foi suspenso.

O ministro Mendonça Filho demonstra que não está nem um pouco preocupado com os altos índices de analfabetismo, que ainda maior nos estados da região nordeste do país. Atualmente, só os estudantes cadastrados antes do bloqueio do sistema estão frequentando as aulas.

De acordo com o ministério, são 168 mil no atual ciclo, iniciado em outubro do ano passado. . Sete dos nove Estados da região Nordeste responderam, e relataram, no mínimo, expressiva queda de atendimento desde o bloqueio do programa e, nos piores casos, o fim dos cursos de alfabetização.

Abaixo, alguns relatos sobre a suspensão do programa no nordeste:
“Começamos a inserir os nomes dos alunos em maio, mas, no início de junho, o MEC avisou que o sistema tinha sido fechado”, diz Tereza Neuma, diretora de políticas de Educação de Alagoas.

“As aulas começariam em setembro, mas suspendemos o processo após o bloqueio, em junho”, afirma Janyze Feitosa, gestora local do programa em Pernambuco.

“Em 2016, devido à suspensão do Programa Brasil Alfabetizado pelo MEC, as atividades letivas ainda não tiveram inicio”, disse a secretaria de Educação do Ceará.

Os governos de Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia também relataram redução e descontinuidades dessa ação

Os baixos índices baixos no Brasil podem passar desapercebido aos olhares de quem não está cotidianamente inserido no cotidiano de quem não sabe ler, nem escrever e sente dificuldades para conseguir chegar nos lugares, se comunicar e até expressar suas necessidades, afetos e anseios. Muitos destas pessoas vivem em situações de vulnerabilidade das regiões metropolitanas, ou nos longínquos sertões, nos quais e a alfabetização se torna uma via de libertação, compreensão da realidade e auxílio na luta pela sobrevivência.

Em outra medida, mas também que merecem ser relatados são os baixos índices de alfabetização cientifica no país. Um estudo brasileiro realizado na Unicamp aponta baixos níveis de alfabetização cientifica entre pessoas jovens e adultas com idade entre 15 a 40 anos, com, no mínimo, os anos iniciais do ensino fundamental completos (4ª série/5ºano) e moradores de regiões metropolitanas brasileiras.

Quase a metade (48%) desta população foi classificada no nível 2 (Letramento científico rudimentar), no qual a pessoa revela ter domínio da habilidade de localizar informações em diversos formatos de texto, sendo capaz de reconhecer termos científicos simples, mas não demonstra dominar conhecimentos e habilidades necessárias para resolver problemas ou interpretar informações de natureza científica. No menor nível da escala, o nível 1 (Letramento não-científico), encontra-se 16% da população estudada. Neste grupo, as habilidades se limitam à leitura de informações apresentadas de forma explícita e em contextos previamente conhecidos, sem contribuição de noções científicas para apoiar sua compreensão da realidade.

Ora, se o letramento cientifico de metade da população brasileira é rudimentar não somente os índices de analfabetismo precisam ser diminuídos , pois constata-se que mesmo quem os alfabetizados ainda precisam avançar para ter maiores habilidades. Algo, que não é possibilitado pelas necessidades cotidianas impostas no capitalismo.

Este é com certeza um momento de luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores, por educação pública, gratuita e de qualidade contra este governo golpista, uma guerra que já foi declarada contra Alckmin e segue agora contra Temer.




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