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CORONAVÍRUS | Sobe para 4 o número de mortos oficiais pelo Coronavírus e governo segue sem um plano de emergência

Secretário de saúde finge estar tomando as medidas possíveis para impedir avanço do vírus. Em coletiva realizada nesta terça-feira o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann, e o infectologista David Uip, que coordena o comitê estadual para crise do coronavírus afirmaram que o mesmo hospital que registrou a primeira morte pelo vírus covid-19 relatou também outras quatro mortes que podem ter sido pela mesma causa.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

O paciente morto era um homem de 62 anos, apresentava sintomas desde 10 de Março, internou-se dia 14 e morreu dois dias depois. O secretário de saúde ainda disse que, diante da primeira morte a determinação do governo de São Paulo é de reforçar as medidas preventivas, no entanto o que a realidade mostra é que isso não está sendo feito.

Já era esperado que o vírus fosse se alastrar pelo país assim que surgiram os primeiros casos, no entanto, as reformas que vem sendo implementadas continuam seguindo, e isso afeta diretamente a saúde pública que deveria estar sendo fortalecida nesse momento. Para além dos posicionamentos de desdém de Dória, Guedes e Bolsonaro sobre o coronavírus, a saída tem sido instaurar medidas de isolamentos da população mas não preparar as condições, estrutura para atendimento daqueles que estão sendo afetados. Não há qualquer plano de emergência, pelo contrário, destinaram alguns bilhões a saúde e mais de R$ 75 bilhões para salvar os lucros dos bancos.

Um plano de emergência dos trabalhadores para enfrentar a COVID-19 e o "vírus do capitalismo"

Hoje a PEC que congela os gastos da saúde e educação, uma medida que é parte dos objetivos de cortes que vem desde o golpe institucional, inviabiliza que hoje a população pobre seja atendida nos hospitais e tenha leito e cuidados básicos. Nem mesmo a disponibilização de testes massivos para a população está sendo feito, sendo que duas dessas mortes são de pessoas que não estavam entre os suspeitos de contaminação, como é o caso da empregada que foi obrigada a trabalhar com os patrões doentes em casa no RJ.

Enquanto muitos trabalhadores perdem seus empregos, e o governo apenas se preocupa com a manutenção dos lucros de grande empresários e banqueiros, como a Caixa destinando R$ 75 bilhões aos bancos, e a dívida pública segue sendo paga. Quem está pagando com suas vidas pela crise sanitária são os trabalhadores e o povo pobre.

A previsão dos próprios governos é de uma situação ainda mais grave, de que centenas de milhares irão contrair a doença nos próximos meses. Mas não agem a altura sequer desse cenário, garantindo os testes, ampliando os leitos especializados e contratando milhares de novos trabalhadores da saúde, verdadeiros heróis nessa pandemia. Por isso é fundamental a centralização dos hospitais e leitos privados para atender a demanda, no sentido da luta concreta para impor um sistema de saúde 100% estatal e sob controle dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

Para garantir uma verdadeira saúde de qualidade e estar à altura de enfrentar a crise do Coronavírus, é necessário revogar a lei do Teto de Gastos e pararmos de pagar a dívida pública, essa verdadeira bolsa banqueiro, e a taxação progressiva das grandes fortunas, revertendo essas verbas para saúde e assistência social dos trabalhadores em meio à crise.




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