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CONTRA O AUMENTO SP | Sexto ato contra o aumento em São Paulo

Hoje, dia 26 de janeiro ocorreu o sexto ato contra o aumento da tarifa na cidade de São Paulo. Teve início no Parque da Luz, passando pela República e terminando na câmara.

Jenifer TristanEstudante da UFABC

quarta-feira 27 de janeiro de 2016 | 01:45

O ato que tinha cerca de 1000 pessoas realizou uma votação em seu início para decidir qual trajeto tomaria. A princípio o MPL falaria ele mesmo as propostas que surgiram e encaminharia a votação, mas por exigência do Bloco de Lutas conformado por organizações de esquerda, os proponentes puderam defender a seus trajetos para que a votação tivesse um conteúdo. Arieli, militante da Anel e PSTU fez uma breve defesa da necessidade da democracia interna ao movimento e apresentou a proposta do bloco, de seguir com o ato até a câmara dos vereadores.

A manifestação esteve todo o tempo cercada por um enorme e ostensivo contingente de policiais em um clima de militarização e terrorismo como é a prática da polícia nos atos para tentar inibir os manifestantes que no seu direito legítimo saem às ruas contra os altos preços da tarifa. Os manifestantes, por sua vez, cantavam palavras de ordem voltadas especialmente a demonstrar que não se inibem; em um momento do ato ouvíamos “E a polícia pra repressão/ Tem passe livre e não paga o busão!” Já que policiais podem apresentar suas carteiras em transporte e entrar gratuitamente.

Os manifestantes mantiveram o pique e seguiram o trajeto entoando palavras de ordem fazendo alusão à vitoriosa luta dos secundaristas nas escolas no fim do ano passado, esses estudantes que impuseram uma derrota ao governo, com um humor e criatividade típicos da juventude cantavam: “Ai caralho bateu uma onda forte, vencemos nas escolas, vamo vencer no transporte!” ou mesmo reivindicando um projeto claro para o transporte cantavam “Estatiza já, sob controle operário e popular!” ou mesmo “Não vai passar o aumento do busão/ Zera a tarifa e põe na conta do patrão!”

Com muita animação e cantos o ato chegou ao seu final sem confronto direto com a polícia, os manifestantes fizeram o trajeto decidido por todos e encerraram o ato com a convocação para o próximo nesta quinta feira no Largo do Paissandu, logo após uma conversa de negociação chamada pelo MPL com Alckimin e Haddad.

Mas ao chegar nas estações de metrô do entorno para irem pra casa após o ato, os manifestantes foram impedidos de entrar e os portões das estações trancados. Nós, que acompanhamos o ato de seu início até o momento da dispersão, não temos até o momento ainda notícias de possível repressão e prisões.




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