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Pacote de Maldade | Servidores públicos no Rio contra a perda de direitos: "Castro quer a destruição do serviço público"

Um grande ataque à categoria dos servidores públicos está em curso na Alerj, o pacote de maldades do governador bolsonarista Claúdio Castro é uma verdadeira medida anti operária contra os servidores públicos que em plena pandemia sofrem com a tentativa de retirada dos seus direitos.

terça-feira 21 de setembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Carlos Magno

Cláudio Castro é um aliado do governo de extrema direita de Bolsonaro e Mourão, só nesse segundo ano de pandemia, o governador já comemorou publicamente a cruel chacina no Jacerézinho e avançou com o projeto de privatização da CEDAE que na prática significará a precarização e escassez da água.

As medidas de ataque que contém nesse projeto de lei de Claúdio Castro impõe o aumento 14 % na contribuição previdenciária, aumenta a idade da aposentadoria de todos os servidores. O triênio e o plano de carreira dos servidores públicos com aumento gradual dos salários serão direitos extintos do trabalhador público. Isso é uma grande amostra do alinhamento do Cláudio Castro com as políticas neoliberais de Bolsonaro e Paulo Guedes. Enquanto isso querem descarregar a crise nas costas dos trabalhadores independentemente da localização social tão deliciada que se encontram os trabalhadores.

Relatos dos servidores públicos da educação que o Esquerda diário recolheu em meio a manifestação dos servidores Estaduais de hoje:

“Professora FAETEC: A mim, pessoalmente, já afeta por que já tem uma expansão do tempo para se aposentar, vai ampliar a idade e também o tempo de serviço. O servidor vai ter muita dificuldade de se aposentar. Fora os triênios, estão dizendo que quem tem o triênio não vai ser afetado, mas vai sim. Pelo projeto de lei cita o valor absoluto e não a porcentagem, então perdemos esse direito. Além disso, a licença prêmio, perdemos também, vira licença capacitação, vinculado a chefia. Nós sabemos que o estado do Rio de Janeiro não tem uma gestão democrática, muitas chefias são indicadas pelo governo, servem não ao público, mas ao governador. Além disso, informalmente, um reajuste de 22% que seria dividido em 3 anos, mas a nossa perda assumida pelo governador no Projeto de Lei é de, no mínimo, 47%. A gente já começa perdendo. Esses são os principais pontos, mas tem outros. É um projeto de lei extremamente complexo, tem que ler com atenção, muitas vezes é dúbio. Significa, para nós, um experimento da reforma administrativa e da reforma trabalhista dentro dessa recuperação fiscal. O governo camufla para sociedade o que ele realmente quer fazer que é a destruição do serviço público. Esse é o maior problema. Afeta tudo, a saúde, educação, a privatização da segurança, justica, todos os setores. Ele diz que quer criar emprego, mas como criar emprego acabando com as despesas primárias. É o que a população quer do estado, que gaste com saúde, saneamento, educação, construções. Essa reforma é uma catástrofe para todo o povo, não só para os servidores.”

“Professor de história da rede Estadual: Boa tarde, sou professor de história da rede estadual desde março de 2000, estou a 21 anos nessa brincadeira, e nesses vinte anos de professor na rede estadual, nunca, nunca mesmo tivemos um ataque tão frontal, tão nefasto como esse que está acontecendo agora do governo Cláudio Castro. A nossa categoria tá cansada, já são sete anos roendo o osso, sem nada, sem nenhuma perspectiva né? E agora depois de sete anos roendo o osso, vem esse pacote de maldades não só para educação mas para todos os servidores, tanto é que nós estamos aqui agora protestando em frente alerj devido a essa situação nefasta que nós servidores estão passando diante dessa situação. É importante a luta né? Por mais que a gente esteja com muita dificuldade, é a luta que nos salva, é só a perspectiva da luta mesmo...”

Frente ao imenso ataque promovido por Castro para implementar o regime de recuperação fiscal de Bolsonaro, Paulo Guedes e congresso, os servidores públicos trabalhadores da CEDAE, da educação, da saúde precisam unificar suas forças para lutar contra esse imenso ataque. O que vimos ainda hoje foi a falta de construção pela base dos sindicatos nessas categorias de trabalho. É necessário organizar assembleias reais para promover um plano de luta em cada categoria e batalhar pela unificação das demandas dos trabalhadores. Que a força dos professores, cedaenos e trabalhadores da saúde se expressem nas ruas para derrubar os ataques em curso de Cláudio Castro.

LEIA MAIS: https://esquerdadiario.com.br/Pacote-de-Maldades-de-Claudio-Castro-sera-analisado-amanha-pela-Alerj-das-rachadinhas




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