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CRISE DO ESTADO - RJ | Servidores denunciam Pezão e a crise do estado do Rio

Na quarta-feira dia 04 de fevereiro, mais de 4 mil funcionários do Estado do Rio de Janeiro estiveram em ato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (ALERJ). O ato se colocava contra os atrasos dos pagamentos dos salários, contra as medidas de ajustes e cortes implementados pelo governo. O Esquerda Diário esteve presente no ato e entrevistou alguns funcionários, segue abaixo as entrevistas que expressam a insatisfação com o governo e as implicações dos ajustes nos diferentes setores do funcionalismo do estado e no atendimento à população.

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

Isa SantosAssistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

sexta-feira 5 de fevereiro de 2016 | 00:00

E.D: Porque você veio ao ato hoje?

Professora da rede estadual: Nós somos professores da rede estadual e a gente está aqui porque é uma insatisfação generalizada não só da educação, mas de todo o funcionalismo público com esse governador que não pensa, não está pensando mesmo nos servidores públicos. Ele parcelou 13°, ele mudou a data de pagamento dos trabalhadores, o ele acabou mexendo com a nossa rotina de vida. Então não é uma insatisfação que é de agora, mas insatisfação decorrente do governo passado do Sergio Cabral e eu acho que o tempo vai passando e a insatisfação só vai aumentando.

Servidora do Tribunal de Justiça: Porque não estou satisfeita com a política que está aí, com a forma que está sendo administrado o recurso aliás, não administrado.
Servidor da UERJ: Porque o serviço público do estado está preconizado, nós servidores do estado estamos pagando um preço muito grande porque o pezão só quer ferrar com a gente. Ele tem parcelado o nosso salário, não pagou o nosso 13°, agora colocou o nosso salário só para o 7° dia útil, ou seja, vou receber o salário atrasado. Ainda temos a ameaça dele aumentar a contribuição previdenciária de 11 para 14%, ou seja, nosso salário iria reduzir em mais de 100 reais sendo que nosso salário já está defasado porque a inflação só aumenta e nosso salário não aumenta, nosso poder aquisitivo acaba diminuindo. Então, a gente tem que pressionar o governo porque o pezão quer ferrar os serviços públicos do estado, mas para pagar a Odebrecht ou a supervia, para pagar a galera das empreiteiras, das OS’s ele tem dinheiro. Para dar isenção fiscal para as empresas privadas ele tem dinheiro, mas para gente ele não tem.

E.D: Você acha importante que esses atos se unifiquem, servidores com outros setores, com a juventude, com os estudantes?

Professora da rede estadual: Eu acho importante porque quanto mais servidores vai mostrando a insatisfação que é geral e não de uma determinada só de professores, só da saúde, mas de insatisfação geral. Todo mundo está insatisfeito com esse governo eu acho interessante essa unificação.

Servidora do Tribunal de Justiça: Com certeza é importante, mas não só no momento que está faltando salário. Acho que a gente tem que buscar as lutas também para melhorar as políticas sociais em outros momentos não só os servidores, mas também a população como um todo deveria está buscando todos juntos para esta brigando, lutando, por alguma coisa. E a questão aí não é só o pezão, realmente estourou no colo dele, mas ele já vem ai no governo a mais tempo então ele tinha conhecimento que em algum momento isso estouraria, porém é uma questão estrutural desse país.

E.D: Como tem impactado no seu trabalho esses cortes e a crise?

Professora da rede estadual: Olha eu acredito que sim existe uma crise. Mas eu acredito que o Estado tem dinheiro até porque a gente sabe dos dinheiros gastos com reformas de piscinas, gastos desnecessários. O que acontece com esse governador é que ele está pressionando o governo federal por conta dos royalties do petróleo que o Rio de janeiro perdeu ele está deixando a população ficar insatisfeita, os trabalhadores ficarem insatisfeitos para mostrar para o governo federal que não tem como pagar esse povo. Eu acredito nisso é obvio que existe uma crise que está assolando o país inteiro, mas o governo do estado do Rio de Janeiro tem dinheiro ele deu isenção de impostos para a iniciativa privada ele dá dinheiro para pagar energia da supervia então ele tem dinheiro, mas ele não quer trabalhar porque essa crise é favorável para ele.

Com certeza a gente fica muito mais desmotivado, desmotivado por 0% de reajuste salarial no ano passado com previsão de continuar esse 0% esse ano, o salário atrasado, o 13° atrasado ninguém consegue trabalhar bem nessa situação. Então os professores estão muito mais desmotivados, a gente já chega desmotivado para trabalhar isso impacta completamente no nosso trabalho é muito, muito negativo isso e por mais que a gente saiba que os nossos alunos não têm culpa e que a gente tem de dar o melhor para eles o nosso melhor a gente tem uma vida a gente tem contas para pagar então isso acaba gerando uma preocupação que acaba influenciando o nosso trabalho também.

Servidora do Tribunal de Justiça: O impacto vem a partir do momento que aumenta a busca pelos serviços que a justiça presta, quanto mais viola o direito da população mais a população vai recorrer ao judiciário procurando acesso aos seus direitos. A repercussão é toda!

Servidor da UERJ: Quem vai na UERJ vê que lá tem um monte de banheiro que está sujo a limpeza está horrível porque os terceirizados estão sem receber ou seja eles pararam os seu serviços porque tem vezes que eles ficam dois três meses sem receber o salário então a gente também tem solidariedade ao pessoal terceirizado porque eles ficam sem receber e as vezes são obrigados a trabalharem só que agora por não receber seus salario eles pararam seus serviços e tudo fica sujo, as vezes o ar condicionado fica sem funcionar nesse calor de janeiro.




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