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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Senado decide votar reforma da previdência em tempo recorde para acabar com sua aposentadoria

Senadores mostram nível de agilidade recorde para fazer com que os trabalhadores, juventude e o povo pobre trabalhe até morrer. Bolsonaro pressiona para que votação seja feita dia 2 de outubro.

terça-feira 13 de agosto de 2019 | Edição do dia

Líderes do Senado costuraram um acordo que pretende concluir a votação da reforma da Previdência dia 2 de outubro, sendo o primeiro turno da votação no dia 18 de setembro e segundo no dia 2 de outubro. O calendário foi definido em reunião nesta terça-feira, 13. A agilidade na qual o Senado “trabalha” demonstra uma sintonia por um lado, mas que por outro ainda é precária e com diferenças com Jair Bolsonaro.

Ansioso para que os trabalhadores percam logo seu direito à aposentadoria, o reacionário presidente defendeu nesta quarta-feira, 7, que o Senado vote o texto da reforma da Previdência que for aprovado pelos deputados federais sem alterações, para assim evitar que a proposta volte à Câmara dos Deputados.

De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), os senadores querem postergar a reforma da Previdência para 8 e 10 de outubro. Os pontos incluídos por senadores serão convertidos em uma proposta paralela que voltará para a Câmara dos Deputados.

Enquanto isso eles avançam a passos largos para fazer com que os trabalhadores e a juventude trabalhem até morrer, as centrais sindicais, como a CUT, dirigida pelo PT, e a CTB, dirigida pelo PCdoB, seguem com uma estratégia de negociação e conciliação com os mentores deste brutal ataque.

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Hoje, 13, que poderia ser um forte dia de lutas contra os ataques à educação ligados ao combate à reforma da previdência, não foi construído efetivamente em nenhum local de trabalho ou estudo pelas direções nos sindicatos e entidades estudantis.

Um dos temas que podem ser colocados no texto paralelo é a inclusão de Estados e municípios nas mudanças da Previdência.

O acordo no calendário envolveu a votação de propostas do chamado pacto federativo, que envolve a distribuição de recursos para estados e municípios.

Enquanto isso, no âmbito político, governadores PT e do PCdoB do nordeste, além de agentes dos ataques ao funcionalismo público, aceitaram apoiar a reforma da previdência de Maia, Guedes e Bolsonaro nos estados e municípios em troca de migalhas da privatização do Pré-sal, para que a partir disso, possam seguir com demagogias eleitoreiras enquanto o povo trabalha até morrer.

Os trabalhadores e a juventude precisam enfrentar o cruel plano de ajustes de Bolsonaro, Guedes, Moro, Maia e todos os empresários e capitalistas sedentos de lucro. Para isso, teremos que lidar com o freio que impõe as centrais sindicais e entidades estudantis, dirigidas pelo PT e PCdoB, que impedem a realização de um verdadeiro plano de luta pra enfrentar todo o avanço do autoritarismo judiciário, os ataques na educação e a reforma da previdência que avanço para o Senado.

É preciso tirar lições e se enfrentar aos limites postos pelo PT, PCdoB e seus sindicatos bem como entidades estudantis como a UNE. É necessária uma unidade que possa colocar de pé um verdadeiro polo antiburocrático, que com a força dos trabalhadores e da juventude nos locais de trabalho e estudo imponha que estas entidades se movimentem em defesa dos nossos direitos.

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Neste sentido, precisamos nos apoiar nos argentinos que mostraram seu rechaço ao governo de Macri, aliado de Bolsonaro na América Latina, e para além disso, no exemplo dado pela Frente de Esquerda dos Trabalhadores, que se colocou como a quarta força nacional, em uma campanha construída ofensivamente por jovens e trabalhadores precarizados, fartos dos ajustes e reformas neoliberais, do aprofundamento da exploração e miséria capitalista. Por isso, nós do MRT, com a Juventude Faísca à frente, levantaremos um programa pra que sejam os capitalistas que paguem pela crise.




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