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PARAISÓPOLIS | Sem informar o motivo, PM volta à Paraisópolis após massacre em baile funk

Na manhã da última quinta-feira (5), por volta das 10h30, várias viaturas estavam na Rua Pasquale Gallupi, inclusive do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Baep).

sexta-feira 6 de dezembro de 2019 | Edição do dia

OS PMs foram embora sem informar o motivo da ida ao local. Como resposta, a PM afirmou em nota que a Operação São Paulo Mais Seguro é realizada em todo o Estado e inclusive em Paraisópolis e tem como objetivo garantir a segurança da população.

Após mais uma sistemática ação da polícia que atingiu principalmente a juventude negra, realizada neste último domingo em Paraisópolis, contando com o assassinato de 9 jovens, 12 hospitalizados e milhares de pessoas com feridas abertas diante de tamanha violência, a mesma polícia retorna ao local como mais uma “operação de rotina”. Junto a isso moradores (segundo entrevista em que o morador não quis se identificar ao G1) afirmam a violência policial como prática recorrente, ao relatar que viram jovens sendo agredidos, recebendo soco, bicuda de bota, mandando calar a boca, que tinha que ficar calado.

Após tamanha violência realizada no domingo, ao longo da semana a população realizou atos exigindo justiça pelos assassinatos e pelos moradores da favela, no qual moradores e familiares relataram como em meio a triste perda carregam as lembranças e força em exigir justiça pelos futuros arrancados dos jovens.

João Doria (PSDB), governador do Estado de São Paulo, que vinha ressaltando positivamente as ações policias, já afirmou que esta precisa mudar, porém não depositamos nenhuma confiança no que um dos porta vozes do Estado e apoiador de tal violência tenta prometer, nem mesmo que dentro de uma das ferramentas de violência do Estado (a polícia militar) se venha alguma “garantia de segurança a população”.

Para que seja possível o fim da violência cotidiana de uma polícia assassina, a justiça e a liberdade de jovens negros a desbravarem de suas vidas e bailes funks livremente, a luta das mães, irmãos, familiares, todos que não aceitam tal situação devem estar voltada na organização para enfrentar todos os ataques da extrema direita e seus avanços (como foi mais um aprovado ontem o racista e genocida pacote “anticrime” do Moro).




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