Estudantes que estiveram entre os primeiros a mobilizar-se contra a reorganização vão a Paulista para mostrar que o PSDB também é corrupto.
Guilherme de Almeida SoaresSão Paulo
sábado 19 de março de 2016 | 01:46
Os estudantes da Escola Estadual Diadema, umas das primeiras escolas do estado de São Paulo a ser ocupada no ano passado na luta contra a reorganização, foram ao último ato da direita, realizado na quinta feira, 17, questionado quem vai punir os ladrões de merenda do Estado de São Paulo. O objetivo desta ação foi questionar o caso de corrupção das merendas pelo PSDB, mas também questionar a farsa do Impeachment e também da operação Lava Jato.
Fica claro que a corrupção existente no Brasil não pertence somente a um partido, mas sim é fruto deste regime podre político, do qual fazem parte o PT e o PCdoB mas também os partidos de oposição burguesa, como o PSDB, DEM e PSB, que apoiam o impeachment. Uma luta contra corrupção tem que questionar os esquemas de corrupção de todos os partidos da ordem, mas também propor medidas efetivas como mandatos revogáveis de duração de um ano e que todo funcionário de alto escalão ganha um salário de professor.
É claro que muitos dos manifestantes que estavam ali vaiaram a ação dos estudantes da escola E.E. Diadema na Avenida Paulista. Vaiaram os estudantes porque a intenção dos que organizaram protestos na Avenida Paulista não é de combater a corrupção, mas sim um ajuste fiscal contra os trabalhadores maior que o PT está aplicando e pra conseguir uma posição mais privilegiada para fazer seus esquemas de corrupção.
Os estudantes secundaristas de São Paulo que ocuparam as escolas contra o fechamento e a reorganização, os estudantes de Goiás que seguiram o exemplo e ocuparam as escolas contra as Organizações Sociais e os estudantes do Rio de Janeiro que estão lutando junto com os seus professores, todos esses representam um setor novo, que não carrega o peso das ultimas derrotas e não tem ilusão nem no PT e nem na oposição de direita. Um grande exemplo para todos aqueles que querem dar uma resposta independente para a crise política e econômica que atinge o país.
O exemplo da juventude que saiu nas ruas em Junho de 2013 e que ocuparam as escolas, mostra que é possível colocar um movimento nacional contra os ajustes e a impunidade capaz de se enfrentar contra a direita, mas também contra o governo e o seu ajuste fiscal.
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