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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Secretário de Temer reafirma ataque brutal à previdência

Além da afirmação cínica de que é “normal” haver uma judicialização contra medida tão anti-popular quanto esta, o secretário também afirma que, apesar da PEC poder ser alterada no congresso, “O governo pretende se manter o mais fiel possível à proposta original.”

segunda-feira 20 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Vinte e oito deputados federais entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal pela suspensão da tramitação da PEC 287 alegando não haver estudo que comprove desequilíbrio nas contas da previdência, e nem portanto, sobre a necessidade de tal mudança na legislação. Celso Mello, ministro do STF, deu um prazo de 10 dias para que Temer e Rodrigo Maia prestem informações sobre a "reforma".

Marcelo Caetano, secretário da previdência, disse ser “normal” ações judiciais e questionamentos sobre a reforma previdenciária. "Reforma" que ataca direitos trabalhistas históricos como aposentadoria, auxílio a pessoas com deficiência, seguro desemprego e licença maternidade. De conjunto a PEC representa uma tentativa, juntamente a reforma trabalhista e a PEC 55 que impõe um teto aos gastos com os serviços públicos, de impor um retrocesso civilizatório brutal no país fazendo com que os mais pobres paguem pela crise.

Essa postura de chacota, como se fosse algo comum e trivial que haja oposição a ataque tão profundo, expressa na verdade a lógica que está sendo implementada pelo governo diante da crise, de que a única saída possível para o país é a de retirada dos direitos sociais já escassos até então. Mesma lógica aplicada na privatização da companhia de água no Rio de Janeiro (CEDAE). Porém esse tipo de alegação se demonstra inconsistente na medida em que se revelam os gastos milionários com os super salários dos políticos e com o pagamento de juros exorbitantes da dívida pública, por exemplo.

Alem da afirmação cínica de que é “normal” haver uma judicialização contra medida tão anti-popular quanto esta, o secretário também afirma que, apesar da PEC poder ser alterada no congresso, “O governo pretende se manter o mais fiel possível à proposta original.” E também demonstrou querer acelerar o ritmo da votação "A reforma não pode ser muito mais prorrogada. [...] Se a gente prorrogar um pouco, arrefecer um pouco mais ou menos em relação ao que se propõe, muito provavelmente outras proposta virão em um futuro recente"




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