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Governo SP | Secretária da Mulher de SP é a face mais odiosa do bolsonarismo ao dizer que o “feminismo é o genocida do nosso tempo”

Em dezembro de 2022, Tarcísio Freitas, candidato e eleito governador de São Paulo pelo Partido Republicanos, apoiado por Bolsonaro e inimigo dos trabalhadores, nomeou diversos bolsonaristas e evangélicos para cargos de seu governo estadual. Como exemplo, está a vereadora, também do Republicanos, Sonaira Fernandes, reconhecida como membro da ala do “bolsonarismo raiz” deste partido, escolhida para ocupar a pasta de direitos das mulheres.

quarta-feira 4 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Em dezembro de 2022, Tarcísio Freitas, candidato e eleito governador de São Paulo pelo Partido Republicanos, apoiado por Bolsonaro e inimigo dos trabalhadores, nomeou diversos bolsonaristas e evangélicos para cargos de seu governo estadual. Como exemplo, está a vereadora, também do Republicanos, Sonaira Fernandes, reconhecida como membro da ala do “bolsonarismo raiz” deste partido, escolhida para ocupar a pasta de direitos das mulheres.

Isso não é nenhuma surpresa tendo em vista o que o bolsonarismo e os ataques da extrema direita significaram em retrocesso para os direitos das mulheres, da população LGBT e dos trabalhadores. O próprio Tarcísio, filiado a um partido vinculado à Igreja Universal, se declara contrário à educação sexual nas escolas, bem como à "ideologia de gênero”. Não à toa, nomeou como Secretária da Mulher, a vereadora Sonaira Fernandes, bolsonarista raiz, antifeminista que recentemente declarou ser “uma honra ser comparada à ministra Damares”.

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Em suas redes, Sonaira é conhecida por destilar seu ódio contra o movimento feminista e contra os direitos reprodutivos das mulheres, tendo declarado que o “feminismo é o genocida dos nossos tempos.” Ano passado, participou da vigília antiaborto, quando um grupo religioso passou 40 dias se revezando na porta do antigo prédio do hospital Pérola Byington em protesto contra o aborto. É inadmissível que esses ataques e manifestações da extrema direita passem impunes quando uma mulher morre a cada dois dias, vítima de aborto clandestino.

Os últimos anos de governo Bolsonaro foram marcados por reformas e duros golpes de toda a corja reacionária da extrema direita, como a própria Damares Alves, que foram responsáveis por cortes milionários no combate à violência de gênero e até em impedir uma criança de 11 anos vítima de abuso de poder ter o direito ao aborto seguro, num país em que dezenas de milhares de mulheres são estupradas todos os anos e em que grande parte dos abusos ocorrem contra meninas de até 14 anos e mulheres negras.

Isso mostra que para derrotar todas as reformas, cortes, a precarização e a fome, bem como para garantir de forma plena os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e das mulheres e pessoas trans, travestis e não binárias, é preciso ter independência de todos os governos. As eleições mostraram um país mais à direita com o bolsonarismo institucionalizado e com o rebaixamento de programa por parte da esquerda que apostou e aposta na conciliação de classes através da campanha e eleição da chapa Lula/Alckmin como saída para a crise, o que só pode resultar em uma continuidade no rifamento dos direitos e das aspirações da classe.

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Nesse sentido, não se deve depositar nenhuma confiança nas instituições do regime como o STF e o Congresso Nacional que aplicam os ataques nas costas dos trabalhadores e dos setores oprimidos. O 8 de março está chegando e devemos desde já começar a organizar grandes atos pelo estado e pelo país, contra declarações como a de Sonaira e o governo de extrema direita de Tarcísio, com atos independentes do governo eleito, dos patrões, golpistas e conservadores, lutando contra o bolsonarismo e as reformas que atingem principalmente as mulheres.

Apenas a autoorganização independente das mulheres aliadas aos trabalhadores, ao povo pobre, aos negros e negras, a população LGBT e aos povos indígenas poderá acabar com o regime degradado e com as mazelas do capitalismo, mas também em conquistar o direito à educação sexual para poder escolher, contraceptivos para não abortar e aborto legal seguro e gratuito para não morrer, podendo alcançar plena liberdade sexual e de gênero numa sociedade livre da exploração capitalista.




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